Quando o coração sofre uma agressão, seja por um infarto, uma doença na válvula ou por medicações, como quimioterápicos, ele perde a capacidade de bombear adequadamente sangue para os órgãos. Essa incapacidade é a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC).
É considerada, de acordo com o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Maurício Jordão, a via final comum de qualquer doença do coração quando não tratada. Estima-se que 23 milhões de pessoas sofram dessa condição no mundo. Sua prevalência aumenta consideravelmente com a idade, sendo de oito casos por mil pessoas entre 50 a 59 anos, chegando a 66 por mil após os 80 anos.
“A hipertensão e o diabetes mal controlado são causas importantes da ICC. Estima-se que no Brasil existam dois milhões de casos e, aproximadamente, 240 mil casos novos por ano. A faixa etária mais acometida é aquela a partir dos 60 anos”, completa o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Dr. Otavio Gebara.
O primeiro passo para o tratamento é focar na causa. O tratamento em si da ICC é feito com medicamentos que melhoram a capacidade de bombear sangue e evitam a progressão da doença. Casos mais avançados necessitam de dispositivos que auxiliem no trabalho do coração, como os ressincronizadores e os corações artificiais. Estes, geralmente, servem de tratamento provisório nos casos onde o transplante é a melhor opção de tratamento.
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