A companheira dos asmáticos

A bombinha é um dispositivo que armazena o medicamento na forma de aerossol que é inalado, muito seguro e eficiente, mas deve ser usado corretamente para ter o seu efeito otimizado. Pode conter broncodilatadores, corticoide inalatório ou associações dos dois.

O mestre e doutor em alergia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), integrante da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), Dr. Raul Emrich, ressalta que é importante entender que uma bombinha é apenas o dispositivo, geralmente feito de plástico e alumínio, que facilita a aplicação do medicamento.

O fato de algumas pessoas ficarem preocupadas quando se deparam com um inalador de bolso é explicado por uma série de mal-entendidos que ocorreram no passado.

Primeiro mal-entendido: a bombinha “vicia”. “Quando as crises são intensas e frequentes, um erro grave é usar somente o remédio que produz alívio temporário dos sintomas, sem tratar a causa da doença que é a inflamação”, alerta o Dr. Emrich. Assim, cada vez mais, e em intervalos cada vez menores, será necessário usar o medicamento de alívio, dando a impressão de que o paciente está ficando viciado no uso da bombinha.

Segundo mal-entendido: a bombinha faz mal ao coração. Na verdade, o pesquisador da Unifesp esclarece que a medicação que costuma causar a sensação de alívio, é um relaxante muscular brônquico, chamado de broncodilatador. Por ter uma ação muscular, ao cair na circulação sanguínea, o broncodilatador pode produzir tremor em outros músculos do corpo, com efeito inclusive no coração, causando taquicardia.

Novos Postos

Edição 284 - 2016-07-01 Novos Postos

Essa matéria faz parte da Edição 284 da Revista Guia da Farmácia.

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