Excessos na alimentação nas festas de fim de ano

No final do ano, sintomas, como má digestão, azia, estufamento e queimação, tornam-se recorrentes

O clima mais quente e a proximidade das festas de fim de ano são extremamente propícios para que as pessoas comam e bebam mais. Contudo, nem sempre essa alimentação é saudável, já que são consumidos alimentos gordurosos e com poucos nutrientes. Nesta época do ano, os brasileiros preferem os alimentos ricos em carboidratos, doces e bebidas alcoólicas.

De acordo com a nutricionista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dra. Mirian Martinez,  o consumo de alimentos em volume maior do que a necessidade do corpo faz com que o excesso seja convertido em gorduras, que se acumula e resulta naqueles quilos a mais, além de propiciar inchaço e sobrecarga de alguns órgãos, como fígado e rins, que são os responsáveis pela eliminação das toxinas do organismo. Essa sobrecarga pode gerar os sintomas citados e, por isso, evitar os excessos é uma questão de saúde e bem-estar.

Segundo informa a assessoria de imprensa de Estomazil®, na ingestão de alimentos ricos em gorduras, frituras ou bebidas gaseificadas, como refrigerante e cerveja, existe risco de sintomas, como má digestão, azia, estufamento e queimação. Isso costuma passar após algumas horas de repouso e/ou com o uso de antiácidos.

Sintomas comuns 

Quem sofre com os excessos alimentares apresenta sintomas bem distintos, sendo de fácil detecção. Os mais comuns, como destaca a Dra. Mirian, são náuseas, vômitos, azia, má digestão, sensação de empachamento, gases, diarreia. Além disso, podem aparecer alergias com vermelhidão, prurido e coceiras; e também dor de cabeça, náusea e tontura.

A assessoria de imprensa de Estomazil® explica como ocorrem os principais desconfortos:

Azia: sensação de queimação. Ocorre no esôfago e se propaga até a faringe. Além da queimação, o paciente pode apresentar arrotos e aumento da salivação.

Má digestão: dificuldade que o estômago tem de digerir determinados alimentos, especialmente os mais pesados e gordurosos.

Estufamento: sensação de que o estômago está muito cheio. Em alguns casos, por excesso de gases. 

Orientação farmacêutica

Antes da recomendação, é importante que o farmacêutico entenda quais sintomas o consumidor está sentindo para ajudá-lo na hora da compra. Além disso, é necessário conhecer de maneira detalhada as apresentações, composição, formas terapêuticas e indicações de cada medicamento. 

Em algumas situações, o farmacêutico também deve direcionar o paciente a uma consulta médica, são elas: 

• Pessoas com mais de 60 anos de idade.

• Pessoas com histórico de mudança recente no aspecto ou consistência das fezes.

• Histórico de mudança de hábito intestinal.

• Emagrecimento (sem regime).

• Ocorrência de sintomas muito frequente.

Os antiácidos aliviam a azia, o estufamento e a má digestão. O medicamento atua neutralizando o excesso de ácido clorídrico no estômago. Já os indicados para problemas digestivos e relacionados ao fígado atuam ajudando a eliminar as toxinas do fígado, causadas pela ingestão em excesso de alimentos e/ou bebidas. 

Para aqueles que sofrem com os males da ressaca, os analgésicos são os mais indicados, para aliviar as dores de cabeça. Por isso, mantenha seu estoque abastecido e privilegie a exposição dos produtos de venda livre no balcão e no checkout.

Nos casos de azia, um dos mais utilizados são os antiácidos, substâncias que atuam contra azia, desconforto estomacal, dor de estômago, dispepsia ou neutralizam a acidez do trato gastrointestinal. Hoje, os antiácidos estão disponíveis no mercado em duas apresentações: em sachê (pós-efervescentes de dose única) e pastilhas (comprimidos mastigáveis). Também para os casos de azia, podem ser indicados, de acordo com orientação médica, os bloqueadores H.  

Fonte: assessoria de imprensa de Estomazil®

Tratamentos indicados

A azia é o sintoma relacionado ao refluxo do suco gástrico para o esôfago. Quando isso ocorre, tem-se a sensação de queimação, que costuma ocorrer pouco depois das refeições ou ao deitar. Normalmente, quando esses sinais aparecem, um dos primeiros aspectos que podem ser observados pelos especialistas da área da saúde é a alimentação dos acometidos. Dietas muito temperadas ou gordurosas, aliadas com bebidas alcoólicas ou cigarro, podem desencadear mal-estar gástrico.

De acordo com o especialista em gastroenterologia, Dr Décio Chinzon e o médico gastroenterologista, cirurgião geral da Clínica Healthme, Dr. Sérgio Barrichello são muitas as opções simples que podem aliviar a azia, passando desde um chá (camomila, alecrim, chá verde, hortelã, boldo, entre outros) até os pós-efervescentes (normalmente associações contendo bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico, ou outros sais). Alguns outros medicamentos também podem ajudar, como aqueles contendo hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio e salicilato de bismuto. Medicamentos contendo extratos de origem vegetal compostos (boldo, cáscara sagrada, ruibarbo, etc.) também podem ser eficazes. Como a acidez é uma produção excessiva de ácido clorídrico pelo estômago, alguns fármacos agem por neutralizar o excesso de acidez e outros agem por promover uma camada protetora sobre a mucosa gástrica. 

Também conhecido por intestino preso, a prisão de ventre ou obstipação, é um distúrbio que caracteriza a dificuldade, constante, para evacuar. Um quadro de prisão de ventre (que faz com que o indivíduo evacue uma ou duas vezes por semana, com dificuldades), pode ter diversas causas, que passam por dieta com quantidade reduzida de fibras ou pouca ingestão de líquidos, por exemplo.

Nestes casos, a ingestão de farelo de trigo, ameixas pretas, mel e chá de bardana poderão ajudar no alívio aos sintomas. Além disso, existem muitos laxantes à base de drogas de origem vegetal, como sene, Plantago ovata, tamarindo, alcaçuz, Cassia fistula, Coriandrum sativum, etc. Entre os medicamentos, estão o bisacodil, óleo mineral, associação de macrogol + bicarbonato de sódio + cloreto de sódio + cloreto de potássio, lactulose, sorbitol + lauril sulfato de sódio, entre outros. 

Mais do que indicar ou orientar um paciente com esses problemas, o farmacêutico pode fazer um ótimo trabalho em relação à educação em saúde com os usuários da drogaria. Inicialmente, os acometidos precisam saber sobre a importância da alimentação rica em fibras e prática de atividade física para a melhoria do trânsito do bolo fecal e a ingestão suficiente de água. É preciso lembrar, ainda, de que para casos específicos de prisão de ventre, é necessário um cuidado muito grande com os idosos, considerando que poderão perder, rapidamente, muito líquido com o uso de laxantes.

Autor: kathlen ramos e Vivian Lourenço

 

Substituição Otimista

Edição 289 - 2016-12-01 Substituição Otimista

Essa matéria faz parte da Edição 289 da Revista Guia da Farmácia.

Deixe um comentário