Proteção e combate

Os mosquitos não escolhem cor, classe social ou gênero e assim que as temperaturas começam a subir, eles já aparecem. Por isso, o uso dos repelentes se torna essencial

Os dias mais quentes lembram praia, piscina, viagens e férias. Mas junto com eles, vem um incômodo típico: os pernilongos. Antigamente, as pessoas só se preocupavam com picadas de insetos quando iam à praia ou ao campo; porém, hoje em dia, o uso de repelentes se tornou indispensável para proteção todos os dias, inclusive nas cidades, dentro de casa, shoppings, etc., principalmente, para a prevenção de doenças.

Com isso, o canal farma representa mais de 60% das vendas da categoria. Além de livrar a população do incômodo das picadas, o repelente também virou arma contra a dengue, doença que cresce no País a cada ano.

“Um exemplo de agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, responsável pela epidemia de zika vírus e dengue, além de transmitir a febre chikungunya e febre amarela. Para se prevenir da contaminação pelo mosquito, o repelente é a arma mais eficaz”, destaca a gerente de produtos do Grupo Cimed, Priscilla Florêncio.

“O grande consumo do produto está relacionado ao combate à dengue, porque ele evita a picada do mosquito transmissor da doença, auxiliando na profilaxia, não permitindo que as pessoas adoeçam”, completa o departamento de comunicação da Johnson & Johnson Consumo do Brasil.

Diferentes formulações 

Com relação aos repelentes, os formatos devem ser escolhidos de acordo com a preferência do consumidor e com o tipo de problema causado pelos insetos. “Alguns podem preferir a utilização de cremes, outros, os sprays e aerossóis, dependendo da aplicação mais rápida e conveniência de cada um. Acima de tudo, os consumidores devem consultar e seguir as instruções do rótulo”, orienta a presidente da SC Johnson Brasil, Stephane Reverdy.

Hoje, no Brasil, Priscilla destaca que existem três tipos de repelentes: à base de DEET, icaridina e IR3535, onde o DEET é o princípio ativo mais comum e utilizado. Ele é a designação popular do dietílico-toluamida, um líquido oleoso incolor com um odor suave, que é um repelente de insetos eficaz. Muitos deles, incluindo mosquitos adultos do sexo feminino, são atraídos até nós pelo odor do gás dióxido de carbono (CO2) que é exalado. “O DEET afeta os receptores de cheiro em insetos que picam, o que torna difícil para eles nos reconhecerem como uma fonte de alimento”, completa Stephane.

Segundo ela, os repelentes pessoais devem ser aplicados em todas as partes expostas do corpo e podem ser usados também no rosto, mas primeiro devem ser colocados nas mãos e, então, cuidadosamente espalhados pela face, mas evitando a região dos olhos, boca e narinas.

“Os adultos devem usar qualquer spray ou creme repelente primeiro em suas mãos, antes de aplicá-lo em uma criança. É importante que as instruções específicas para seu uso sejam seguidas, por isso, deve-se sempre consultar o rótulo do produto antes”, explica, Stephane.

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TRABALHANDO O MIX

Embora a maneira mais eficaz de combater o mosquito seja o controle dos focos de proliferação, a proteção da pele para evitar a picada é necessária. Assim, o uso dos repelentes é sempre aconselhável, especialmente para a prevenção de doenças transmitidas pelos mosquitos.

De acordo com o presidente da Nutriex, Leonardo Rezende, uma sugestão para rentabilizar a categoria nesta época é compor um mix com produtos que usualmente são utilizados no período mais quente, por exemplo: filtro solar + repelente + creme pós-sol + produtos para o cabelo com proteção solar.

“Uma das táticas é chamar a atenção do consumidor para o produto, com um material diferenciado que o destaque entre as outras opções. Em tempos em que a preocupação com o mosquito é extrema, como no verão, muitos acabam comprando por impulso e se lembram da necessidade quando algo chama atenção além do normal.”

Apresentações diversas

Segundo a marca Repelex, da Reckitt Benckiser (RB), as variantes aerossol, spray, loção e gel (kids) são desenvolvidas para atender a preferências e necessidades informadas pelo consumidor.

O aerossol, por exemplo, além de rápida secagem, é prático durante sua aplicação. As opções em spray também são de fácil aplicação, em especial nas áreas em que as mãos não chegam com facilidade, enquanto as loções se espalham suavemente pela pele. Por fim, o gel, formato especialmente criado para crianças, não é oleoso, seca rapidamente e possui uma fragrância agradável.

Cada um deles vem com a recomendação de uso no contrarrótulo e a gerente de produto do Grupo Cimed aconselha que o farmacêutico oriente o consumidor a seguir a recomendação do produto/fabricante. “Água e suor: se for nadar ou praticar atividades físicas, o repelente deve ser reaplicado, pois ele perde sua eficácia em contato com a água e o suor intenso; crianças: procure repelentes específicos para elas e os bebês, já que as substâncias utilizadas nos tradicionais podem ser prejudiciais aos pequenos”, orienta.  

Autor: Vivian Lourenço

 

Estrada do crescimento

Edição 290 - 2017-01-01 Estrada do crescimento

Essa matéria faz parte da Edição 290 da Revista Guia da Farmácia.

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