Os anti-hipertensivos, quando administrados isolados ou em associações, reduzem a Pressão Arterial (PA), apresentando ação hipotensora.
A ação dos anti-hipertensivos ocorre por seus efeitos sob a resistência periférica e/ou débito cardíaco, ou seja, há aqueles que inibem a contrabilidade (força extrema do músculo) do miocárdio ou reduzem a pressão do ventrículo do coração.
O mecanismo de ação dos anti-hipertensivos irá depender da classe à qual pertencem. Vejam os principais:
Diuréticos
Aumentam o volume e o grau do fluxo da urina.
Bloqueadores beta adrenérgicos
Antagonizam os receptores beta da noradrenalina.
Bloqueadores do canal de cálcio
São capazes de reduzir a excitabilidade cardíaca e também a frequência, promovendo o relaxamento da musculatura lisa arterial e redução da resistência vascular periférica.
Vasodilatadores
Produzem vasodilatação e reduzem a resistência periférica.
Inibidores da enzima conversora da angiotensina II
Atuam bloqueando a produção de angiotensina II que é um vasoconstritor.
Pesquisa Vigitel: hipertensão é diagnosticada em 24,7% dos brasileiros
Em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os novos dados Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) mostram, igualmente, que a parcela da sociedade mais afetada é formada, primordialmente, por idosos: 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 45 a 54 anos. Essa última edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395 pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado.
A pesquisa Vigitel 2018 destaca, sobretudo, que as pessoas com menor escolaridade são as mais afetadas pela hipertensão. Ademais, do público com menos de oito anos de estudo, 42,5% disse sofrer com a doença; dos com 9 a 11 de estudo, 19,4%; e 12 ou mais, 14,2%.
As capitais em risco
As capitais com maior prevalência são, em primeiro lugar, o Rio de Janeiro (31,2%), em segundo lugar, Maceió (27,1%); e, em terceiro lugar João Pessoa (26,6%). Em seguida estão Vitória (25,2%), São Luís (15,9%); Porto Velho (18,0%); Palmas; e Boa Vista (18,6%).
Dados preliminares do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram, da mesma forma, que, em 2017, o Brasil registrou 141.878 mortes devido a hipertensão ou a causas relacionadas a ela. Como resultado, esse número revela uma realidade preocupante: todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora. Em contrapartida, grande parte dessas mortes é evitável; e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade.
Fonte: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti
Saiba mais sobre a hipertensão arterial, uma doença silenciosa que já atinge 30% da população brasileira.
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Recall de medicamentos para hipertensão