1 em cada 3 pessoas perde até 30 dias de trabalho por enxaqueca

Além da enxaqueca afastar as pessoas de seus trabalhos elas acabam se automedicando em busca de um alívio imediato

Uma pesquisa realizada pela Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde (Capesesp) para avaliar a carga da enxaqueca e seu impacto em uma operadora de plano de saúde na modalidade de autogestão, mostra que 32% perdem até 30 dias de trabalho ao ano devido à doença, praticamente 1 em cada 3 pessoas.

A enxaqueca está entre as vinte doenças mais incapacitantes do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, a estimativa é de que 15% da população seja afetada.

O estudo também identificou, todavia, que as pessoas com enxaqueca utilizam o plano de saúde com maior frequência, durante um ano, se comparadas aos demais pacientes, sendo:

Consultas (uso 57% maior), exames (53%) e terapias (84%).

Além disso, a pesquisa mostrou também que 86% dos portadores de enxaqueca utilizam medicação por conta própria. Do total de pesquisados, 78% eram do sexo feminino e 22% do sexo masculino.

Perder até 30 dias de trabalho por ano mostra o quanto a doença é incapacitante.

Por outro lado, o alto percentual de automedicação (86%) reforça a falta de coordenação dos cuidados em saúde na enxaqueca.

“Até por isso, as pessoas costumam procurar por um alívio imediato para a dor, seja com a automedicação, como mostra a pesquisa, ou nos serviços de emergência”, explica a médica e Diretora de Previdência e Assistência da Capesesp, Juliana Martinho Busch.

Juliana Busch destaca que o conhecimento do perfil de saúde da população permitiu identificar não só a carga da doença, mas também os impactos sobre a utilização e os custos.

Dados do estudo sobre enxaqueca no trabalho

De acordo com o estudo, a despesa anual por paciente portador de enxaqueca foi 25% maior se comparado aos que não têm a doença.

O que representa um custo adicional de R$ 2,5 milhões para o plano de saúde.

A médica esclarece que esse impacto não é provocado apenas pelo paciente. Já que a orientação inadequada resulta na realização de consultas com médicos de diferentes áreas antes do atendimento pelo profissional capacitado.

“Quando o paciente é atendido pelo especialista; ele vai entender melhor a sua doença e receber melhores informações e alternativas necessárias para o sucesso do tratamento”.

Orientar é fundamental

Os dados coletados são utilizados na Capesesp para orientar as ações de prevenção, manutenção e promoção da saúde e da qualidade de vida.

“Os resultados do estudo evidenciam a necessidade de um olhar diferenciado por parte dos gestores em saúde. Assim, permitir o acesso a novas e promissoras terapias e tratamentos pode ser uma alternativa que traga mais qualidade e uso racional dos recursos”, finaliza Juliana.

 

Fonte: Capesesp

Foto: Shutterstock

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