23 anos da venda de genéricos: saiba o que mudou nesse período

A cada 20 medicamentos prescritos, 15 são deste tipo

Há 23 anos, era liberada no Brasil a venda de medicamentos genéricos, em substituição aos de referência com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A iniciativa revolucionou o comércio de remédios, favoreceu o acesso a preços mais baixos, no entanto, sem perder a qualidade, segurança e a eficácia dos produtos.

A presidente da Associação Progenéricos, Telma Salles, afirma que 82% dos consumidores têm alto grau de confiança nos genéricos e que 93% da população pesquisada troca o produto receitado pelo médico por outros de idêntico princípio ativo ao de referência, mas com valor mais acessível.

Ainda de acordo com Telma, desde a liberação do genérico, em 1999, até dezembro de 2021, a estimativa é que a economia gerada no bolso do consumidor ultrapasse os 205 bilhões de reais.

Os genéricos estão no topo da preferência do brasileiro quando comprados para tratar doenças crônicas como hipertensão ou diabetes, em que o paciente precisa, portanto, tomar o remédio todos os dias.

Na avaliação da Presidente da Associação Progenéricos, a resistência inicial da classe médica em receitar, então, os genéricos já foi superada. Hoje, a cada 20 medicamentos prescritos, 15 são deste tipo.

Telma Salles lembra que, por Lei, o médico do Sistema Único de Saúde (SUS) é obrigado, então, a oferecer essa opção.

Genérico x Similar

O gerente de medicamentos da  Anvisa, Gustavo Mendes, explica que os genéricos não podem ser confundidos com medicamentos similares.

O similar contém o mesmo princípio ativo do medicamento de referência, no entanto, só pode, então, substituí-lo após passar por testes laboratoriais que comprovem, portanto, a equivalência.

Já o medicamento genérico apresenta princípio ativo idêntico a um medicamento de referência, assegurado por testes apresentados à Anvisa.

Gustavo Mendes destaca que, na hora da compra, a escolha do laboratório não deve impactar na decisão do paciente, isto porque todos os produtos aprovados pela Anvisa passam pelos mesmos critérios. No entanto, os laboratórios têm que comprovar que conseguem produzir um medicamento seguro.

No Brasil, os preços dos medicamentos são, portanto, controlados por Lei. Também por Lei, o genérico deve custar pelo menos 35% a menos que o medicamento de referência.

Todavia, na prática, há casos que os descontos podem chegar, então, a 90%.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Shutterstock

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