6 lições da geração Z sobre como cuidar da nossa beleza

Nascidos no mundo digital, jovens possuem novas maneiras de investir na beleza e bem-estar, apostando em conceitos como autocuidado, prevenção e naturalidade

Geração Z: os nascidos entre 1995 e 2010. Nunca antes houve uma geração tão obcecada pela beleza. Acostumados desde cedo a tirar selfies para postar nas redes sociais, tornando-se assim mais conscientes de sua aparência, os jovens demandam os melhores cosméticos e procedimentos e querem estar sempre por dentro das últimas tendências.

Essa obsessão pela beleza pode soar um tanto egoísta ou narcisista, mas vai além da simples busca pela aparência perfeita, preocupando-se também com a naturalidade, o autocuidado, o bem-estar, sustentabilidade e a aceitação. Não à toa é essa a geração responsável por impulsionar grandes mudanças na indústria da beleza. Então porque não olhar para essa geração em busca de conselhos e novas formas de se relacionar com o universo da beleza? Confira abaixo algumas lições que podemos aprender com esse público jovem:

1. Autocuidado é a palavra da vez

A geração Z, mais do que qualquer outra, sabe a importância de colocar a saúde mental em primeiro lugar. Então não é à toa que o autocuidado é tão prezado por essa geração. Adotar uma rotina de cuidados de beleza, por exemplo, é uma excelente estratégia para reduzir o estresse e a ansiedade.

“A rotina skincare é um momento de relaxamento. Por meio do cuidado com a pele somos capazes de nos conhecer melhor, aumentar nossa autoestima e bem-estar e ainda diminuir o estresse e a pressão do dia a dia”, explica a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Paola Pomerantzeff.

E não é preciso ir longe para começar a se cuidar, pois o método de skincare conhecido como skip-care já é um ótimo ponto de partida, consistindo na utilização de apenas três produtos que vão manter a pele bem cuidada: um sabonete de limpeza, um hidratante e um filtro solar (usados nessa ordem). Nesse sentido, vale apostar também nos cosméticos que combinam múltiplas ação em um único produto.

2. Nunca é cedo demais para adotar uma rotina de cuidados

Para quem ainda acredita que a rotina skincare só deve ser adotada para combater os sinais do envelhecimento já presentes no rosto, a afirmação de que a geração Z figura entre os maiores consumidores de cosméticos pode soar estranha, afinal, os indivíduos mais velhos dessa geração têm, no máximo, 25 anos em 2022, ou seja, ainda estão longe de apresentarem as primeiras rugas.

No entanto, eles sabem que não existe idade para iniciar uma rotina de cuidados e nos mostram o que os dermatologistas já vêm pregando faz um tempo: a prevenção é o melhor caminho, afinal, os danos causados pelos agentes externos se acumulam com o passar do tempo. E a arma mais poderosa nesse combate é o protetor solar.

“O fotoprotetor é o creme antienvelhecimento mais importante, pois preserva as estruturas da pele por meio da proteção contra os danos cumulativos da radiação ultravioleta que podem acelerar o envelhecimento cutâneo e aumentar o risco de câncer de pele”, explica o dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Daniel Cassiano que diz que o ideal é que o fotoprotetor contenha, no mínimo, FPS 30 e proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared).

3. Os cosméticos devem ser limpos (para o organismo e o meio ambiente)

Os jovens estão interessados em comprar mais produtos considerados limpos, naturais e sustentáveis. Por exemplo, a tendência conhecida como Clean Beauty tem ganhado popularidade entre esse público. De forma geral, é possível definir o clean beauty como um movimento de maior preocupação dos consumidores com a composição dos cosméticos, que devem se enquadrar em duas categorias: não conter ingredientes tóxicos, como parabenos e lauril sulfato de sódio, e listar todos os ingredientes em seu rótulo.

Os cosméticos buscados pela Geração Z, além de limpos para a pele, também devem ser inofensivos ao meio ambiente. Na prateleira da Geração Z, os esfoliantes com microplásticos, por exemplo, dão lugar aos esfoliantes com ativos naturais.

“As esferas de microplásticos são as responsáveis por realizar a esfoliação da pele. O problema é que essas substâncias chegam aos rios depois do enxágue e causam poluição e morte dos peixes. Então, preste atenção na rotulagem dos produtos para evitar esses ingredientes, como o polietileno, que está presente nos rótulos como Polyethylene”, diz a Dra. Paola.

Ser livre de crueldade e matéria prima animal também é um ponto positivo, já sendo possível, inclusive, encontrar no mercado empresas que estão investindo na criação de ingredientes cosméticos veganos de alta performance e eficácia.

4. Prevenção é o caminho

Para a geração Z, a abordagem preventiva não se resume apenas ao skincare, mas também aos procedimentos estéticos, apostando na tendência do prejuvenescimento para manter a pele jovem por mais tempo, pois sabem que, quanto mais nos cuidarmos agora, menores serão as intervenções estéticas necessários no futuro.

“É o que chamamos também de pró-age. Isto é, realizar tratamentos de rejuvenescimento antes mesmo de apresentar rugas ou linhas de expressões mais desenvolvidas. Quando começamos o tratamento por volta dos 25 anos estamos plantando uma boa semente”, afirma a cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Dra. Beatriz Lassance.

Um exemplo de procedimento prejuvenescedor é a técnica conhecida como Microbotox. “O procedimento consiste na aplicação de microdoses de toxina botulínica sob a superfície da pele para prevenir linhas de expressão através da paralisação dos músculos que causam essas alterações, mas sem conferir ao rosto aquele aspecto exagerado ou artificial”, afirma a Dra. Beatriz.

Os procedimentos estimuladores de colágeno também são populares quando o assunto é prevenção, pois ajudam a criar uma poupança para o futuro dessas fibras, que são fundamentais para manter a pele do lugar, mas tem sua produção reduzida após os 25 anos.

5. As redes sociais têm seu impacto na beleza da geração Z  

É impossível falar sobre a geração Z e não falar sobre sua relação com a redes sociais, que, inclusive, afetam a forma como os jovens se enxergam, principalmente devidos as longas horas observando imagens “perfeitas”.

“Nessa fase da vida, a autoestima ainda depende muito de uma boa aparência, logo, aparecer bem nas selfies torna-se quase que uma obrigação. Mas isso pode gerar frustração, principalmente ao compará-las com fotos de outras pessoas nas redes sociais, ignorando o fato de que muitas delas são superproduzidas e manipuladas digitalmente, o que leva os jovens a procurar formas de se sentir melhor, por exemplo, através dos procedimentos estéticos”, afirma a Dra. Beatriz.

No entanto, esse é um alerta para não levarmos como verdade tudo o que vemos na internet e, principalmente, para não optarmos por um procedimento simplesmente para ficar parecidos com outra pessoa que vimos online. “A intenção de um procedimento estético não deve ser deixá-lo parecido com alguém, mas buscar a sua melhor versão de acordo a harmonia do rosto”, diz a médica.

6. Naturalidade

Apesar da influência das redes sociais sobre a autoestima, a geração Z sabe a importância da autoaceitação e de ser você mesmo. Por isso, mesmo quando buscam por procedimentos estéticos, a naturalidade é o objetivo.

“Esse paciente é mais sofisticado do que qualquer geração anterior. Com o advento da tecnologia e das mídias digitais, eles estão mais informados sobre as técnicas e tendências, que evoluíram para conferir maior naturalidade aos pacientes, sempre respeitando seus traços. A ideia de uma aparência artificial após um procedimento já não é mais a tendência”, completa a médica.

Nesse cenário, procedimentos que melhoram, portanto, a qualidade e a aparência da pele sem causar grandes alterações na face tem se tornado cada vez mais populares. É o caso da aplicação de skinboosters.

“No skinbooster, aplicamos um ácido hialurônico de baixa densidade em diversos pontos logo abaixo da pele, com uma pequena distância entre eles, menor do que um centímetro. Como resultado, o ácido hialurônico promove a reestruturação da derme e atrai água para o tecido cutâneo, o que resulta numa poderosa melhora da hidratação e viço da pele, que também se torna um pouco mais firme”, finaliza.

Fontes: dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Paola Pomerantzeff / dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Daniel Cassiano / Cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) , Dra. Beatriz Lassance / dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologi (SBD), Dr. Renato Baldissera.

Foto: Shutterstock

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