7 perguntas sobre métodos contraceptivos

A médica Eloisa Pinho listou as principais dúvidas em relação aos diferentes tipos de métodos contraceptivos

É normal ter dúvidas sobre métodos contraceptivos, afinal para cada mulher há um método provavelmente adequado e outro que, em contrapartida, causará alguns danos.

A Dra. Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica Gru Saúde, esclarecer as principais questões sobre os métodos contraceptivos e seus efeitos indesejado.

1.A pílula engorda?

Se a mulher mantiver o mesmo estilo de vida, ele não se altera, podendo, no entanto, haver algumas oscilações nos primeiros meses que normalizam ao fim de um ano.

O mais importante, nesse caso, é manter uma alimentação adequada.

2. A pílula faz bem à acne?

Existem alguns benefícios além de evitar a gestação e um deles é o tratamento da acne.

O tratamento da acne com anticoncepcionais pode ser feito, uma vez que estes medicamentos ajudam no controle de hormônios, como os andrógenos, diminuindo a oleosidade da pele e a formação de espinhas. O efeito na pele é observado entre 3 e 6 meses de uso contínuo da pílula.

3. A pílula deve ser ingerida sempre no mesmo horário?

Sim. “O melhor horário é estabelecido pela paciente, de acordo com sua rotina, mas todo dia ela deve tomar no mesmo horário. Não pode ser esquecido. Uma vez esquecido já pode acontecer um escape ovulatório e a paciente engravidar, mesmo sendo um ou dois dias.

Dependendo do anticoncepcional, como os mais novos do mercado, por exemplo o Qlaira, ele não pode ser esquecido nem atrasar, porque pode acontecer de engravidar.

4. Quais as vantagens do uso do anel vaginal e do adesivo?

Tal como a pílula, estes métodos são constituídos por dois hormônios, estrogênios e progesterona.

A diferença é a forma como são absorvidos.

A pílula é de ingestão diária e é absorvida no tubo digestivo. O adesivo é colocado na pele e é de absorção transdérmica (coloca-se um por semana e faz-se uma de intervalo).

Já o anel vaginal é introduzido na vagina (um por mês) e tem uma absorção através da mucosa vaginal.

São importantes para mulheres com doenças do tubo digestivo ou do intestino e com determinados estilos de vida (por exemplo, viajam muito ou trabalham por turnos).

5. Os métodos de longa duração trazem benefícios? 

São muito eficazes porque não dependem da utilização diária da mulher e, portanto, diminuem muito o número de gestações não planejadas.

Existem as injeções, os dispositivos intrauterinos (uns liberam cobre, outros hormônios) e os implantes.

A vantagem é não haver necessidade da ingestão diária, sendo muito útil para mulheres com problemas de adesão aos outros métodos contraceptivos e para as que desejam uma contracepção eficaz e independente da sua utilização.

Estes métodos só contêm progesterona, hormônio que inibe a ovulação, tal como na pílula tradicional.

Como não têm estrogênios, podem ser utilizados pelas mulheres que possam ter contraindicação aos estrógenos, como é o caso das fumantes a partir dos 35 anos.

O seu principal efeito adverso é a irregularidade da menstruação: pode haver ou não menstruação mensalmente ou haver irregularidades. A idade não é contraindicação para nenhum método contraceptivo.

6. É verdade que as mulheres mais novas e sem filhos não devem usar o dispositivo intrauterino (DIU)?

Não, isso é um mito. O dispositivo intrauterino pode ser apenas difícil de colocar numa mulher sem filhos, mas é só isso.

É mais uma das opções viáveis e seguras para qualquer mulher que não queira ou não possa utilizar outro método, para quem tenha, por exemplo, uma contraindicação para a utilização de hormônios e o seu uso não altera a fertilidade.

7. O preservativo feminino é uma opção inteligente?

Sem dúvida. É um pouco mais caro que o preservativo masculino e não é muito atrativo, mas pode ser interessante, juntamente com o uso do preservativo masculino.

Isto porque pode ser colocado antes da relação sexual e, além disso, protege contra as infeções de transmissão sexual.

4 hábitos comuns que interferem na eficácia da pílula anticoncepcional 

 

Fonte: Drª Eloisa Pinho.

Foto: Shutterstock

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