A telemedicina chegou. Será que é o momento da telefarmácia?

Confira diferentes pontos de vista sobre o assunto

A pandemia da Covid-19 evidenciou a facilidade e os benefícios da consulta virtual. No dia 16 de abril foi sancionada a Lei 13.989, que estabelece a utilização da telemedicina durante a crise do novo coronavírus. A norma permite o uso da tecnologia para realização de atendimento médico sem necessidade de proximidade física com o paciente. Mas será que chegou também o momento da telefarmácia?

O momento da telefarmácia

Jauri Siqueira Junior, consultor em gestão estratégica de farmácias e serviços clínicos, é enfático ao afirmar que, no atual contexto, a urgência do atendimento a distância foi exponenciada milhares de vezes. “Em meio a um período de incerteza e medo da população em se deslocar, já passou a hora de a farmácia se posicionar a respeito da assistência farmacêutica remota. É preciso urgentemente discutir uma regulamentação, com as diretrizes para que isso se torne uma realidade”, ressalta.

Para Siqueira Junior, a telefarmácia contribui para que o paciente tire dúvidas sobre a farmacoterapia, sintomas como febre e dificuldade para respirar, orientar se ele deve ou não ser encaminhado ao médico. “É preciso criar um protocolo, com coleta de informações precisas, baseadas nos preceitos das resoluções 585 e 586 do Conselho Federal de Farmácia. Também se deve investir na capacitação do farmacêutico para essa nova modalidade de atendimento, que tem um potencial transformador”, acredita.

Leonel Almeida, coordenador de assistência farmacêutica da Prefeitura de Porto Alegre (RS), entende que a crise gerada pelo novo coronavírus só evidenciou a importância da telefarmácia e de um profissional que já foi muito subutilizado no passado. “Basta definir estratégias para que o atendimento farmacêutico seja realizado de maneira remota e em conjunto com soluções de telemedicina. Por meio dessa combinação, o farmacêutico faz a interface entre paciente e médico, colocando-se como figura fundamental da rede de atenção primária à saúde”, finaliza.

Foto: Shutterstock
Fonte: Assistência Farmacêutica

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