Aché investe em automação e otimiza processos

Após 10 meses de inauguração do armazém vertical, foi registrado o aumento de 35% na produtividade da planta de Pernambuco

O uso da tecnologia e automação no desenvolvimento de fármacos já é uma prática bastante conhecida na indústria farmacêutica, como tem feio o Aché Laboratórios Farmacêuticos.

Nos últimos anos, as empresas deste setor despertaram para uma nova realidade, a jornada em busca da Indústria 4.0, que visa integrar equipamentos, sistemas e processos por meio de tecnologias de ponta para aumentar a produtividade, a eficiência e minimizar riscos, perdas e falhas.

O Aché é uma das empresas que já abraçaram o conceito e alcançaram resultados significativos em termos de economia e produção.

Perto de um ano de implementação de tecnologias de automação importadas da Suíça e da Alemanha na planta fabril de Pernambuco, localizada no Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, a companhia registrou um aumento de 35% na produtividade.

Além de um crescimento na capacidade de armazenagem, que passou de 3 mil posições pallets para mais de 16 mil posições pallets.

Investimentos

A companhia investiu, então, em um estudo minucioso que contemplasse o melhor da automação e inteligência de dados a iniciativas sustentáveis para potencializar, então, a performance da fábrica.

Desde o recebimento e armazenamento de insumos à embalagem e expedição de produtos acabados.

O resultado é um armazém vertical automatizado através de sistemas de informação que integram as áreas de produção, utilidades e logística, gerando dados de forma rápida e também segura para análises de desempenho.

A estratégia de implantação da solução foi definida visando melhor aproveitamento dos recursos naturais e redução de impactos negativos no meio ambiente.

“A sustentabilidade ambiental é um valor fundamental no Aché. Todas nossas ações contam com um olhar analítico para que possamos extrair o melhor de nossas estruturas causando o mínimo impacto ao meio ambiente”, explica o diretor executivo de Operações do Aché, Márcio Freitas

Tecnologia no controle

Para abastecer a nova fábrica, a empresa investiu em AGVs (Automated Guided Vehicle) e “transelevadores”.

Os primeiros são veículos inteligentes que fazem as movimentações das cargas dentro da fábrica sem necessidade de controle humano.

A locomoção das máquinas é feita por meio espelhamento de sinais em antenas que guiam as movimentações.

Já os “transelevadores” atuam em todas a movimentações dentro do armazém vertical, armazenando os produtos de acordo com os parâmetros sistêmicos e de boas práticas de fabricação.

Os equipamentos são mais seguros, ágeis e precisos em comparação às operações manuais, aumentando, dessa maneira, a produtividade e a segurança das pessoas e dos produtos.

Outra vantagem é a possibilidade de operacionalizar os equipamentos 24 horas por dia, o que agiliza os processos e garante a pontualidade em cargas, descargas e também  abastecimento das linhas de produção.

A saber, todo trabalho realizado por estas tecnologias está integrado a sistemas de gestão operacional certamente  garantem maior eficiência na logística da companhia.

Sistema MES

O sistema Manufacturing Execution Systems (MES)  começou a ser implementado este ano e deve estar totalmente efetivado em 2023.

Sua atuação possibilitará a disponibilização on-line de todos os dados do lote de um produto, incluindo dados de rastreabilidade.

O Aché é o primeiro laboratório farmacêutico brasileiro a reunir todas essas soluções em uma única planta fabril. Estamos animados e orgulhosos com os resultados e acreditamos que este seja o caminho para o desenvolvimento de um trabalho cada vez mais excelente”, comenta.

Economia e sustentabilidade

Durante a estruturação da planta, o Aché aplicou, então, inovações tecnológicas para captar recursos naturais da região e, consequentemente, reduzir custos.

A empresa também investiu em sistemas de captação de água da chuva e de condensação dos processos industriais.

As placas fotovoltaicas para aquecimento da água em banheiros e, ainda, reflorestou o local por meio de plantação de 7.450 mudas em 4,47 hectares.

Além de implementar protocolos para gerenciar o descarte de resíduos.

A planta industrial de Pernambuco já é um exemplo para as quatro demais fábricas do laboratório no Brasil, que estão passando por melhorias contínuas para alcançarem o maior nível de automatização sem dispensar o olhar e o trabalho estratégico de cada colaborador.

Até o momento, foram investidos R$ 510 milhões na unidade fabril.

Portanto, a expectativa é que cerca de R$ 800 milhões sejam investidos no total, aportados na estrutura física, equipamentos e tecnologias

Foto: Divulgação Aché Lab. Farmacêuticos

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