A Amgen, biofarmacêutica focada em doenças de difícil tratamento, anunciou um investimento de quase R$ 50 milhões até 2021. O aporte visa ampliar a participação de mercado da unidade de negócios Bergamo, focada na produção de genéricos e similares, com o lançamento de novos medicamentos, pesquisa e desenvolvimento e o aumento da capacidade produtiva da fábrica.
Hoje, além da produção de somatropina (hormônio de crescimento) e toxina botulínica, o Bergamo possui uma das quatro fábricas do Brasil de medicamentos oncológicos injetáveis. Com o investimento, será possível desenvolver um pipeline robusto de medicamentos para uso hospitalar e oncológicos, mantendo um ritmo de mais ou menos cinco novos produtos por ano nos próximos quatro anos. O foco é trazer alternativas e estimular a concorrência para moléculas que atualmente só têm o medicamento referência disponível no mercado, e moléculas antigas, que têm apresentado dificuldade para atender a demanda do mercado brasileiro. Todos esses medicamentos serão produzidos localmente com o respaldo tecnológico da Amgen.
Este ano foram lançados cinco novos medicamentos no portfólio do Bergamo, o Mielocade (bortezomibe) para mieloma múltiplo, a fluoruracila e a vincristina, usado no tratamento de uma série de tumores sólidos, a galantamina, para o tratamento de doença de Alzheimer e Solupren (metilprednisolona), anti-inflamatório.
Além da ampliação do portfólio, o Bergamo também terá como pilar de crescimento a terceirização de produção de outros laboratórios e a exportação de medicamentos para outros mercados. Por este motivo a empresa está em um processo de ampliação do parque fabril, localizado na Grande São Paulo, que envolve principalmente dobrar a capacidade produtiva de medicamento liofilizados e a ampliação da jornada de trabalho para três turnos.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
Retrospectiva: os medicamentos lançados em 2018