Antialérgico pode reduzir sequelas nos infectados pela Covid-19

Estudo aponta remédio como eficaz para conter manifestações duradouras do contágio pelo coronavírus, como a fadiga

Antialérgico pode ser aliado de pacientes infectados pelo coronavírus que desenvolveram a Covid longa. Este tipo de medicação foi capaz de aliviar sintomas persistentes da condição, como a fadiga. É oque relata um estudo feito por pesquisadores das universidades da Califórnia, de Indiana e de Miami, publicado esta semana no Journal for Nurse Practitioners.

Os autores do estudo se concentraram nos casos de duas mulheres de meia-idade que se infectaram com o coronavírus em 2020 e continuaram a sentir sintomas como fadiga, confusão mental e falta de resistência durante o exercício.

Uma delas também apresentou dores e inchaço nos dedos dos pés.

Todavia, as duas mulheres tinham histórico de alergias e, por isso, faziam uso ocasional de anti-histamínicos.

O estudo relata que uma das mulheres — alérgica a laticínios —consumiu acidentalmente um pedaço de queijo. Após tomar seu antialérgico (recomendado por seu médico) sentiu um “alívio considerável” de seus sintomas de Covid longa.

A outra paciente também passou a tomar a medicação rotineiramente. As duas apresentaram uma recuperação quase que completa por conta da medicação, afirmam os pesquisadores.

Covid longa 

A Covid longa é caracterizada pela persistência de sintomas da doença e outras sequelas. Ela afeta cerca de 10% das pessoas que se infectam com o coronavírus. Até o momento não há um protocolo definido de tratamento para quem apresenta essa condição. Por esse motivo. pesquisadores estão estudando várias opções de terapia, incluindo o uso de an- ti-histamínicos.

Os cientistas consideram como positiva a descoberta da capacidade dos antialérgicos de aliviar a Covid longa, uma vez que são remédios de fácil acesso, vendidos sem receita médica.

No entanto, destacam que são necessários mais estudos sobre o tema, para que seja possível, por exemplo, desenvolver diretrizes de dosagem.

Fonte: O Globo

Foto: Shutterstock

Não se automedique, consulte um profissional de saúde.

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