A partir desta decisão, a melatonina poderá estar disponível, sem receita, como um suplemento alimentar
A Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, na última quinta-feira (14), o uso da substância melatonina para a formulação de suplemento alimentar, destinado exclusivamente a pessoas com idade igual ou maior que 19 anos e para o consumo diário máximo de 0,21 mg.
No entanto, os suplementos de melatonina deverão conter advertência de que o produto não deve ser consumido por:
Gestantes, lactantes, crianças e pessoas envolvidas em atividades que requerem atenção constante.
Pessoas com enfermidades ou que usem outros medicamentos deverão, portanto, consultar seu médico antes de consumir a substância.
Contudo, não foram aprovadas alegações de benefícios associadas ao consumo de suplementos alimentares à base de melatonina.
A aprovação da Diretoria Colegiada ocorreu por meio da alteração da Instrução Normativa (IN) 28/2018, que aprova, então, a lista de constituintes autorizados para uso em suplementos alimentares.
Também foram autorizados outros 40 novos constituintes de suplementos alimentares, incluindo:
Membrana de casca de ovo como fonte de ácido hialurônico, glicosaminoglicanos e colágeno, extrato de laranja moro (Citrus sinensis (L.) Osbeck) como fonte de antocianinas, extrato de rizomas de cúrcuma como fonte de curcumina, um microrganismo isolado que pode auxiliar na resposta imune de idosos à vacina contra influenza e uma enzima protease que pode auxiliar na digestão do glúten.
Dessa maneira, os constituintes autorizados para o uso em suplementos alimentares podem ser consultados no portal da Anvisa.
O que é melatonina?
É um hormônio produzido naturalmente no cérebro humano, que auxilia no ciclo vigília-sono (também chamado de “relógio biológico”).
A saber, essa substância pode ser encontrada em pequenas concentrações nos alimentos.
Incluindo, por exemplo, o morango, cereja, uva, banana, abacaxi, laranja, mamão papaia, manga, tomate, azeitona, cereais, vinhos, carne (frango, carneiro, porco), leite de vaca e outros produtos alimentícios.
Todavia, a melatonina também pode ser produzida sinteticamente.
Melatonina como suplemento alimentar
A partir da decisão da Anvisa, a melatonina poderá estar disponível, sem receita, como um suplemento alimentar.
Uma categoria de produtos destinada, então, à complementação da dieta de pessoas saudáveis com substâncias presentes nos alimentos.
Incluindo, portanto, nutrientes e substâncias bioativas, onde se enquadra a melatonina.
A substância em questão já é utilizada em diversos países como suplemento alimentar e como medicamento, com condições de uso variadas.
Devido ao interesse dos consumidores e do setor produtivo no acesso e na oferta de produtos contendo essa substância, a Anvisa, proativamente, avaliou, então, a segurança e a eficácia do constituinte.
Por ser encontrada em alimentos e ter funções metabólicas bem caracterizadas, a melatonina atende a definição de substância bioativa estabelecida, portanto, no art. 3º da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 243, de 2018.
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Fonte: Gov.br
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