Anvisa concede registro sanitário de novo medicamento para o tratamento de câncer de mama em estágio avançado

Trastuzumabe deruxtecana deve chegar ao mercado brasileiro no primeiro semestre de 2022

Os laboratórios Daiichi Sankyo e AstraZeneca estabeleceram uma parceria tecnológica para o desenvolvimento de tratamentos para tumores HER2+ , um novo remédio para tratar o câncer de mama em estágio, então, já avançado..

O trastuzumabe deruxtecana, que acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representa um avanço da ciência no desenvolvimento de terapias-alvo, nas quais os fármacos são direcionados apenas às células cancerígenas.

Voltado ao tratamento de tumores HER2+, considerados mais agressivos e com tendência à metástase, o medicamento é um ADC (conjugado anticorpo-medicamento) injetável com indicação em monoterapia para o tratamento de adultos com câncer de mama HER2+ metastático ou não ressecável, que tenham recebido dois ou mais regimes de tratamento baseados em anti-HER2. ¹

ADC é a sigla em inglês para conjugado anticorpo-medicamento.

Portanto, é uma terapia alvo que usa um biomarcador como alvo para o tratamento.

Dessa maneira, é conhecida entre os médicos como uma estratégia “Cavalo de Tróia”.

Porque o anticorpo carrega com ele um fármaco que só vai ser ativado quando o anticorpo se ligar à célula cancerosa.

Como é o novo remédio para tratar o câncer de mama em estágio avançado

O tratamento com trastuzumabe deruxtecana consiste em aplicações a cada 3 semanas, até a progressão da doença ou toxicidade não manejável.

A infusão inicial é de 90 minutos, enquanto as subsequentes podem durar 30 minutos.

De acordo com o Global Cancer Observatory (GLOBOCAN), em 2020, o câncer de mama ultrapassou os tumores de pulmão.

E, portanto, se tornou o tipo de câncer mais incidente em todo o mundo.

Uma em cada 8 mulheres desenvolverá a doença durante a vida.

Já no caso dos pacientes com câncer de mama, cerca de 15% a 20% dos casos serão HER2+.

“O registro sanitário do medicamento no Brasil representa esperança para pacientes e familiares, visto que neste estágio, quando há progressão da doença as opções sequenciais de tratamento ficam limitadas. Com a aprovação no Brasil do trastuzumabe deruxtecana, ampliam-se as expectativas, com qualidade de vida e boa tolerância ao medicamento.”, explica a diretora de Assuntos Médicos da Daiichi Sankyo Brasil, Gabriela Prior.

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Fonte: Daiichi Sankyo

Foto: Shutterstock

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