Anvisa orienta que pode ser usado qualquer imunizante aprovado no Brasil
Na mesma reunião em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vetou o uso da Coronavac em crianças e adolescentes, o órgão também recomendou a aplicação de uma terceira dose para idosos e imunossuprimidos que foram vacinados com o imunizante.
No voto da diretora Meiruze Freitas, ela fez esta observação levando em conta “evidências técnicas consistentes”.
Na prática, a recomendação deixou para o Ministério da Saúde (MS) estipular, então, como deveria ser feita a aplicação desta terceira dose.
Meiruze disse que o governo pode utilizar na dose de reforço a própria Coronavac, ou outra vacina aprovada pela Anvisa – Pfizer/BioNTech, AstraZeneca ou Janssen.
“Essas estratégias podem ser por grupo de risco. Em geral, o que a gente viu em outros estudos é a aplicação de 6 a 8 meses a partir da segunda dose, mas este intervalo pode inclusive ser até encurtado”, afirmou.
Terceira dose da Coronavac sem data para começar
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse, na última quarta-feira (18) que está em estudo a aplicação de uma terceira dose e que deve começar pelos idosos, mas ainda não há data, nem previsão de quando isso deve ocorrer.
“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”, afirmou.
No Brasil, tanto a Pfizer quanto a AstraZeneca realizam testes, autorizados pela Anvisa, para avaliar a necessidade de uma terceira dose.
Portanto, O MS encomendou um estudo especificamente sobre a Coronavac para avaliar o tema.
Países aplicam terceira dose
Outros países já aplicam ou planejam oferecer uma terceira dose de vacina contra a Covid-19. Israel, Chile e Uruguai, por exemplo, iniciaram a dose reforço pelos idosos e grupos de risco.
Autoridades dos Estado Unidos informaram que as doses de reforço devem estar disponíveis a partir de 20 de setembro para todos os adultos.
A orientação inicial é para que as pessoas só recebam a terceira dose oito meses após a segunda.
Anvisa rejeita uso de CoronaVac para crianças e adolescentes
Fonte: Exame
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