Apple e Eli Lilly usam iPhone e Apple Watch para identificar sinais de Alzheimer e demência

A parceria entre a Apple e a Eli Lilly com a startup de saúde Evidaton rendeu uma pesquisa sobre a forma como os usuários com demência e Alzheimer usam os dispositivos

Há algum tempo a Apple vem se interessando pelo setor da saúde. O relógio inteligente da marca, o Apple Watch, vem com equipamento para realizar eletrocardiogramas. Além disso, ele pode avisar quando um usuário idoso sofre uma queda.

A iniciativa mais recente da empresa foi se juntar com a companhia farmacêutica Eli Lilly e a startup de saúde Evidation. A união busca tentar saber se seus aparelhos conseguem detectar os primeiros sinais de demência, doença de Alzheimer ou outras questões cognitivas.

A parceria rendeu uma pesquisa, que foi publicada e discutida em uma conferência sobre ciência de dados realizada no Alasca. O estudo foi feito por 15 autores, cinco de cada empresa.

Ele envolveu distribuir para iPhones, Apple Watches e Beddits (um monitor de sono) para 31 pacientes entre 60 e 75 anos nos estágios iniciais de déficit cognitivo ou demência e 82 pacientes saudáveis da mesma faixa etária, que serviram como grupo de controle. Foi recomendado que os participantes não tomassem remédios que pudessem interferir no resultado.

Assim, depois de um período de 12 semanas, os autores descobriram que pessoas com as doenças digitam mais lentamente e menos vezes que as pessoas saudáveis. Elas também enviam menos mensagens de texto. Além disso, elas usam mais aplicativos de ajuda e suporte, e respondem menos pesquisas.

Limitações do estudo sobre Alzheimer e demência

Apesar dessas descobertas, os pesquisadores reconhecem que o estudo tem limitações. Ainda não é possível tirar conclusões de longo prazo antes de realizar mais análises. Os resultados também não foram apresentados aos pacientes porque podem causar um aumento na ansiedade. Além disso, não há muito o que fazer em casos de declínio cognitivo ou demência.

“Com um estudo mais aprofundado, poderemos ser capazes de detectar pessoas com alto risco ou detectar demência e doença de Alzheimer mais cedo com os dispositivos usados no dia a dia”, disse a co-fundadora e presidente da Evidation Health, Christine Lemke, em um comunicado da Eli Lilly. “Essas descobertas iniciais sugerem o potencial de novas avaliações digitais baseadas em dados gerados e controlados por indivíduos.”

Foto: Shutterstock
Fonte: Gizmodo Brasil

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