PDV

Atenção ao mix da estação

O outono-inverno pede que o sortimento seja revisto

A mudança de clima provoca alterações nos padrões de consumo. Para o canal farma o inverno é uma das épocas de maior procura tanto de medicamentos quanto de produtos de higiene e cuidados pessoais. O mais importante para se obter os lucros desejáveis é estar preparado para a demanda, conhecer seu consumidor, ouvir fornecedores e, principalmente, antecipar tendências. Segundo especialistas do varejo, vários fatores precisam ser pensados para a composição e apresentação do mix de produtos, sobretudo para que não haja perdas.

De Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), além de itens, como inaladores, umidificadores e nebulizadores, a farmácia deve se preparar para aquecer as vendas quando os termômetros registrarem temperaturas mais baixas.

O histórico de vendas é importante para que o varejista tenha uma base de informações para ajudá-lo na tomada de decisão sobre o percentual de incremento do nível de estoque e do mix, pois geralmente ele já possui, no ponto de venda (PDV), os produtos que irão sofrer o aumento de demanda.

O consumidor deve ter a mão os produtos mais vendidos e procurados, com a exposição de produtos complementares de maneira paralela, como forma de maximizar as vendas e o lucro por meio do aumento da cesta de compra do consumidor, destaca a diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patrícia Cotti. Um erro muito comum dos varejistas é a exposição do que “se quer vender” e não do que “mais se procura”.

O mix de produtos varia sazonalmente para muitos varejistas, deve-se notar ao longo do tempo, a curva de vendas dos produtos e realizar um planejamento voltado à sua realidade. “Outro imput importante de informações, está relacionado com a ruptura, mas não apenas de produtos que não estão disponíveis em estoque, como também produtos que o consumidor procura e não faz parte do mix das lojas”, salienta o consultor da GS&AGR, Marcelo Menta. A equipe de loja deve estar capacitada em absorver essas informações e repassar para que um estudo de implantação de novos portfólios seja avaliado.

A maneira mais eficiente de organizar corretamente o estabelecimento, de acordo com o Especialista em Varejo do Centro Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte (MG), Leandro Silva, é, primeiramente determinar o que é produto de consumo rápido e colocar isso no final da loja ao invés de colocar isso de forma muito acessível. Entenda que neste deslocamento (de ir ao fundo), aumenta-se as possibilidades do cliente acabar fazendo uma compra não intencional.

Fonte: Essencial, edição 84, reportagem de Adriana Bruno, Lígia Favoretto e Vivian Lourenço
Fonte: Foto: ShutterStock

 

Deixe um comentário