A BioNTech disse que deve ser capaz de produzir até 250 milhões de doses no primeiro semestre de 2021
A alemã BioNTech, que produz uma potencial vacina contra a covid-19 com a norte-americana Pfizer, assinou a compra de um laboratório da Novartis.
A aquisição, segundo a BioNTech, servirá para a companhia de biotecnologia ampliar a produção de vacinas para um total de 750 milhões de doses ao ano.
A empresa não divulgou os valores da compra, mas disse que a transação para assumir a instalação na cidade de Marburgo, na Alemanha, deve ser concluída no quarto trimestre de 2020.
“Esta aquisição reflete o compromisso da BioNTech em expandir significativamente sua capacidade de fabricação a fim de fornecer uma potencial vacina em todo o mundo mediante autorização ou aprovação”.
Palavras do diretor financeiro e diretor de operações da empresa, Sierk Poetting.
A vacina, denominada BNT162b2, está na terceira fases de testes clínicos, que analisam a sua eficácia.
A BioNTech disse, ainda, que deve ser capaz de produzir até 250 milhões de doses no primeiro semestre de 2021. (Com informações da Dow Jones Newswires).
Pfizer vai dobrar o número de voluntários de sua vacina em São Paulo e Bahia
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu autorização à Pfizer e à BioNTech para que dobrem o número de voluntários de sua vacina contra o coronavírus no Brasil.
O número de voluntários participando dos testes da vacina vai subir de 1.000 para 2.000 pessoas no Brasil.
Os testes da vacina da Pfizer estão acontecendo por ora na Bahia e em São Paulo.
Os locais seguem os mesmos apesar do aumento do total de voluntários.
No fim, haverá metade dos voluntários em cada estado.
A Anvisa também autorizou participantes mais jovens, agora a partir de 16 anos.
A Pfizer, que é a americana, está desenvolvendo a vacina em parceria com a BioNTech, que é uma startup alemã — a vacina da dupla, com base no RNA mensageiro do vírus, é similar à da também americana Moderna.
A vacina está na fase 3 de testes, a última das fases às quais uma vacina precisa se submeter antes de ser aprovada pelas autoridades mundiais de saúde.
Testagem
A maior testagem da vacina de Pfizer/BioNTech acontece nos Estados Unidos.
Por lá, o país planeja testar até dezenas de milhares de pessoas.
A Pfizer pediu à agência reguladora americana, a Food and Drug Administration (FDA) para aumentar de 30.000 para 44.000 o número de participantes do estudo.
A vacina da Pfizer, assim como a da Moderna, é crucial para os planos do presidente americano Donald Trump.
Nesta semana, o presidente americano voltou a dizer que pode ter a vacina pronta já no próximo mês.
A pressa de Trump em aprovar a vacina vem sendo criticada por especialistas de saúde nos Estados Unidos.
Eles que argumentam, desse modo, que os testes precisam ser feitos no tempo adequado.
O Brasil é palco de testagem de outras vacinas
As principais e consideradas mais promissoras são as da AstraZeneca com a Universidade de Oxford, testada em parceria com a Fiocruz e a Unifesp, e a chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantã.
Em evento online, a diretora médica da AstraZeneca, Dra. Maria Bernardini, disse, contudo, que os resultados de eficácia dos estudos de fase 3 da vacina devem ser publicados “em breve”.
A médica disse ainda que “apenas uma vacina não vai conseguir parar a pandemia dentro da velocidade que esperamos”.
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Fonte: Isto É / Exame