Brasil tem mais mortes pela Covid-19 este ano do que em 2020

Número de óbitos nas últimas 24 horas do Brasil pala Covid-19 foi de 1.316

Com a explosão de infecções e o colapso do sistema de saúde nas últimas semanas no Brasil, a Covid-19 já fez mais vítimas no Brasil em 2021 do que em todo o ano passado.

De janeiro até ontem, foram 195.949 mortes pela doença, ante 194.976 em 2020.

No total, são 390.925 óbitos – o segundo maior país com mais perdas. 

Neste domingo (25), foram registradas 1.316 mortes nas últimas 24h, de acordo com o consórcio de imprensa.

O Brasil registrou na última semana ligeira redução na média de mortos pela Covid-19, mas ainda e patamar elevado, perto de 2,5 mil registros.

Todavia, especialistas temem que o recente relaxamento das restrições estenda o período agudo da crise sanitária e imponha nova pressão sobre os hospitais.

Redes de saúde, por exemplo, em várias regiões têm sofrido com mortes de pacientes na fila por leitos, falta de remédios do kit intubação e irregularidade no abastecimento de oxigênio.

Medidas afrouxadas

São Paulo, Rio e Belo Horizonte são algumas das regiões que afrouxaram medidas nos últimos dias.

Já o presidente Jair Bolsonaro, que adotado postura negacionista e ataca o lockdown, chegou a dizer na última sexta que as Forças Armadas poderiam ir às ruas para acabar com “essa covardia de toque de recolher”.

Bolsonaro chegou também a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra regras do tipo, mas a ação não foi acolhida.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou anteontem em queda de casos, fez defesa do uso de máscaras, mas evitou sair em defesa do lockdown.

“Temos assistido nos últimos dias a uma tendência de redução de diagnósticos de pacientes com Covid, como consequência, a diminuição na pressão do sistema de saúde, o que consequentemente nos dá diminuição de pressão de insumos, como kit intubação e oxigênio.”

Na negociação do Orçamento, o Ministério da Economia limitou  verbas para vacinas, kit intubação e custeio de leitos pedidas pela Saúde.

A pasta de Paulo Guedes questionou sobre “arrefecimento da crise” – especialistas, porém, ainda não veem queda consistente de casos.

Vacinação 

O ritmo de vacinação, por outro lado, continua lento. Anteontem, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma com 31% menos doses de imunizantes para maio.

A redução, entre outros motivos, se deu pela retirada do plano oficial das vacinas russa Sputnik V e da indiana Covaxin, que ainda não têm registro no Brasil.

A saber, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta segunda-feira (26), para decidir se autoriza a importação da Sputnik.

Na semana passada, o órgão regulador alegou, então, a falta de dados sobre a segurança e também a eficácia do produto para liberar a aquisição.

No entanto, a manifestação foi feita na Justiça, após o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, dar, então, prazo para que a autarquia decida sobre pedido de compra pelo governo do Maranhão.

Outros gestores locais – como os da Bahia, do Piauí e um consórcio de Estados do Centro-Oeste – têm interesse em trazer o produto.

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Fonte: Estadão

Foto: Shutterstock

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