Butantan diz que terá de exportar 54 milhões de doses de vacina se Saúde não indicar compra

Ministério da Saúde diz que contrato dá prazo até maio para sinalização de interesse

O governo do estado de São Paulo poderá exportar a vacina CoronaVac caso o Ministério da Saúde (MS) não sinalizar ,até o fim desta semana ,que irá adquirir um lote de 54 milhões de doses da vacina.

Essas milhões de doses seriam de um segundo lote de produção da vacina pelo Butantan, fabricados a partir de insumos importados da China.

Exportar a vacina significa deixar os cidadãos brasileiros sem o imunizante.

O presidente da instituição, Dimas Covas, afirmou, no entanto, que já há negociações com os países vizinhos, e citou a Argentina, como possível destinatário dos imunizantes.

O MS, entretanto, rebate as informações, com o argumento de que o contrato firmado entre governo e Butantan estabelece que o pedido de mais doses poderia ser feito até o mês de maio.

Contrato de compra  

O contrato que o Butantan fez com o MS, assinado no dia 7 de janeiro, prevê que a instituição forneceria 46 milhões de doses da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS).

E,  assim, que as repassariam a todos as unidades da federação.

Todavia, esse repasse seria feito de forma escalonada entre janeiro e abril (o montante de janeiro já foi repassado). Após esse período, entretanto, não há nenhuma garantia de novos repasses.

“Nosso contrato com o Ministério da Saúde é de 46 milhões de doses. Não temos contrato adicional”, disse Covas.

“Estamos aguardando uma manifestação do Ministério da Saúde em relação a um aumento do contrato para 54 milhões (de doses) adicionais, mas ainda não tivemos nenhum aceno neste sentido”, disse Covas.

Prazo para compra

O  termo do MS afirma que esse pedido adicional poderá ser “apresentando seu interesse no prazo de até 30 dias após a entrega da última parcela” de entrega dos imunizantes, que está prevista para 30 de abril.

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Fonte: Estadão

Foto: Tribuna de Jundiaí – Prefeitura Municipal de Jundiaí

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