Doença mata quase 16 mil pessoas por ano no Brasil
Uma pesquisa da Associação Europeia de Urologia (EAU, na sigla em inglês) mostrou que apenas um em cada quatro homens com mais de 50 anos sabe qual é a função da próstata.
A próstata é um órgão integrante do aparelho reprodutor masculino situado na região pélvica e responsável pela produção de parte do esperma.
Todavia, apesar do tamanho variar de acordo com a idade, ela é normalmente de pequeno volume e situada logo abaixo da bexiga.
Para 2022, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 65.840 novos casos de câncer de próstata.
Óbitos por câncer de próstata
Mesmo com a disponibilidade do rastreamento por meio de exames e visitas ao médico clínico, o Brasil contabilizou, 15.841 mortes por câncer de próstata em 2020, número que representa 13,5% dos óbitos totais por câncer entre homens e só é ultrapassado pelo câncer de pulmão, com 13,6% ou 16.009, considerando apenas a população masculina.
Além disso, os tumores de próstata são os mais frequentes no homem, excluindo os tumores de pele não-melanoma, representando aproximadamente 29% dos casos de câncer na população masculina, quase um terço.
Em todo o mundo, de acordo com a Globocan 2020, são diagnosticados 1,4 milhão de novos casos anualmente e registradas mais de 375 mil mortes.
“O câncer de próstata tem uma alta taxa de cura se descoberto em estágio inicial”, diz a presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dra. Katia Ramos Moreira Leite. “Por isso, é importante que se realizem exames regulares para a detecção precoce da doença”, afirma.
O médico patologista é o especialista que faz a análise do material colhido na biópsia e que dá o diagnóstico se há realmente câncer e qual é a classificação do tumor.
O diagnóstico preciso auxilia para que a definição do melhor tratamento em cada caso.
Exames
A recomendação é que todos os homens entre 55 e 69 anos façam exames para detecção precoce do câncer de próstata como os de dosagem de PSA no sangue e toque retal com periodicidade bienal.
Os homens negros ou com fatores de risco como histórico familiar de câncer de próstata, câncer de mama, câncer de ovário ou câncer de pâncreas devem começar aos 40 anos.
O rastreamento deverá ser realizado após discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente.
A partir dos 70 anos, poderá ser realizado para aqueles com expectativa de vida acima de 10 anos.
A lesão é mais comum em indivíduos acima dos 65 anos, sendo que a maioria dos tumores progride lentamente ao longo de anos – por vezes décadas – de modo que boa parte dos pacientes convive com a doença por muito tempo antes de apresentar sintomas.
Entretanto, uma parcela dos pacientes apresenta a doença com rápida progressão e surgimento relativamente precoce. Não é possível, até o momento, predizer quais pacientes apresentarão a versão mais agressiva.
Fonte: Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)
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