Estudos feitos no Brasil vão mostrar se será preciso uma dose de reforço, independentemente de quais tenham sido as duas primeiras doses
Esta semana, uma marca importante foi alcançada: mais de cem milhões de brasileiros estão vacinados com a primeira dose ou dose única da vacina contra Covid-19. Os cientistas torcem para que a vacinação ganhe a corrida contra a variante delta e outras variantes que possam surgir, e querem descobrir por quanto tempo ficaremos protegidos.
No Brasil, já estão sendo realizados testes com doses de reforço.
O que a ciência sabe até agora é que alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina a quantidade de anticorpos cai.
No entanto, isso não significa que as pessoas ficarão vulneráveis.
E são justamente as pesquisas com anticorpos que estão levantando um debate no mundo todo sobre a aplicação de doses de reforço.
Israel, Alemanha, França, Chile e Uruguai, países que estão usando diferentes imunizantes, já revelaram planos para oferecer uma dose extra para grupos de risco.
Terceira dose da vacina contra a Covid-19
As pesquisas sobre o tema também chegaram ao Brasil.
Uma terceira dose da Pfizer já está sendo testada com 1.160 voluntários. Metade tomou a vacina, metade tomou placebo.
Na última sexta-feira (6), houve a última aplicação em um centro de São Paulo.
“Esse estudo vai mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de reforço é maior significantemente do que aquelas pessoas que só tomaram duas doses”, diz o coordenador de estudos da Pfizer no Brasil, Cristiano Zerbini.
Uma terceira dose da Oxford/Astrazeneca também começou a ser aplicada em pesquisa no país nas últimas semanas.
E o Ministério da Saúde (MS) anunciou um estudo sobre doses de reforço para quem tomou Coronavac, com 1.200 voluntários.
Já o Instituto Butantan, fabricante da Coronavac, pretende iniciar uma pesquisa sobre o tema.
Dessa maneira, a Organização Mundial da Saúde (MS)pediu a países ricos que adiem planos de aplicar a terceira dose em massa.
Enquanto dezenas de nações mal começaram a vacinar os principais grupos de risco.
E, de acordo com a OMS, o número de mortes por Covid-19 na África subiu 80% no último mês.
Por enquanto, é o avanço da primeira rodada da vacinação em todo o Brasil — e em todos os países — que vai controlar a transmissão e, dessa maneira, impedir o surgimento de variantes mais perigosas
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Fonte: G1
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