Com mais saúde e escolaridade, mulheres se destacam na sociedade

Em 2010, 57,1% do total de estudantes universitários eram do sexo feminino

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, revelaram que vivem no Brasil 103,5 milhões de mulheres, o equivalente a 51,4% da população. O estudo Estatísticas de Gênero, divulgado em outubro de 2014 pelo IBGE, que analisa os resultados do Censo Demográfico 2010, mostrou que as mulheres eram as principais responsáveis por 37,3% dos lares brasileiros em 2010, sendo que a proporção cresce para 39,3% quando considerados os domicílios das áreas urbanas diante de 24,8% dos domicílios rurais.

Segundo a pesquisa, quando os cônjugues vivem juntos com os filhos, as mulheres são consideradas responsáveis em 22,7% das residências. Quando o ganho per capita é de até meio salário mínimo, a proporção de mulheres chefiando sobe para 40,8%, chegando a 46,4% nas áreas urbanas. Já quando a renda é de mais de dois salários por pessoa da família, a taxa cai para 32,7%.

Resultados da PNAD de 2013 também indicam maior escolarização das mulheres, sendo que de um total de 173,1 milhões de pessoas com mais de 10 anos de idade, nove milhões de mulheres possuem mais de 15 anos de instrução, contra 6,5 milhões de homens. Em 2010, as mulheres representavam 57,1% do total de estudantes universitários de 18 a 24 anos de idade. Já com relação ao nível superior completo, 12,5% das mulheres possuíam a graduação completa contra 9,9% dos homens. As áreas de formação que mais atraem mulheres acima de 25 anos de idade são Educação, com 83% e Humanidades e Artes, com 74,2%.

Dados importantes

O número de mulheres que atingem o topo das carreiras de destaque e conquistam cargos de comando ainda é bem inferior aos dos homens nas mesmas condições. No entando, com base nos dados do Censo, os pesquisadores da amostra Estatísticas de Gênero constataram um aumento real do rendimento médio das mulheres, sendo que, em uma década, elas registraram aumento relativo de salário maior do que o dos homens, 12% para elas e 7,9% para eles.

Segundo o relatório Mulheres em Gestão e Negócios: ganhando impulso, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado em janeiro de 2015, a participação das mulheres em cargos de chefia de empresas no mundo está aumentando, apesar dos números revelarem que apenas 5% dos postos de chefia de empresas e de CEO são ocupados por mulheres. Em 34 países, o crescimento foi superior a 7%, porém, este crescimento ocorreu principalmente nas posições intermediárias de chefia. No Brasil, o índice de ocupação feminina em posições de alto comando gira entre 5% e 10%.

A hora delas

Que as brasileiras vão mais ao médico dos que os homens, já era de se esperar, mas isso foi comprovado pela Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada em junho de 2015, realizada em conjunto pelo Ministério da Saúde e pelo IBGE, que coletou dados em 64 mil residências em 1.600 municípios entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. No resultado, 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, sendo que entre as mulheres o índice chegou a 78%, contra 63,9% dos homens. Essa é uma das razões que levaram ao aumento da expectativa de vida delas, segundo a última PNAD. Em 1980, a mulher vivia, em média, até os 65 anos de idade, em 2010, a estimativa subiu para 77 anos de idade.

Foto: Shutterstock
Fonte: Guia da Farmácia – edição 279
Autor: Renata Martorelli

 

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