Como a Amazon tem ameaçado o varejo farmacêutico?

Redes como Walgreens e CVS já viram suas receitas sofrerem com a ascensão da empresa

Redes de farmácias como Walgreens e CVS já viram suas receitas de varejo sofrerem com a ascensão da conveniente Amazon. E o interesse da Amazon em interromper as lojas físicas de farmácias é de décadas. Em 1999, a Amazon comprou 40% da Drugstore.com (na época, uma empresa de pré-produto e pré-receita). Em 2016, supostamente recebeu suas primeiras licenças para vender produtos farmacêuticos e medicamentos de várias diretorias estaduais nos Estados Unidos. Em 2018, a Amazon deu outro passo em direção a ganhar espaço neste espaço notoriamente complexo e altamente regulado: adquiriu a PillPack em um negócio avaliado em cerca de US$ 750 milhões.

O PillPack entrega os medicamentos dos usuários diretamente na casa do consumidor. Notavelmente, a empresa envia comprimidos em bolsas pré-selecionadas para serem tiradas em horários específicos do dia. Além de enviar medicamentos, o PillPack inclui folhetos informativas que listam quando tomar cada medicamento, quando o lote atual de receitas se esgotará, quando esperar a próxima remessa, entre outras informações.

Um relatório da CB Insights descreve como o modelo da Amazon pode ser uma ameaça para o setor. Acompanhe:

1. Mais conveniência

O processo de preenchimento de uma receita em uma típica loja física de farmácia é – entre chegar no estabelecimento, num horário de funcionamento limitado e esperar na fila – muitas vezes ineficiente e demorado. O modelo da Amazon tem como objetivo limitar o esforço que os pacientes precisam gastar, além de obter receitas para eles dentro de um ou dois dias.

2. Experiência do cliente

Reclamações de usuários de farmácias especializadas sobre erros, atrasos, políticas confusas e mau atendimento ao cliente são comuns há anos. A vantagem da Amazon está presente em suas duas décadas de experiência em logística de comércio eletrônico – isso pode ajudar a evitar erros de entrega, uma consideração vital para atender pessoas com necessidades complexas de medicação.

3. Realização de parcerias

A Amazon está trabalhando com a holding Berkshire Hathaway e o banco de investimento JPMorgan em um empreendimento de assistência médica conhecido como Haven, que visa simplificar os serviços de saúde. Embora pouco tenha sido divulgado sobre a estratégia de Haven, um testemunho do então presidente Jack Stoddard afirmou que o objetivo inicial é “simplificar o seguro-saúde”.

4. Base de clientes pré-existente e recursos de distribuição

A CVS anunciou um experimento na entrega de medicamentos, oferecendo US$ 4,99 para entrega no dia seguinte. Mas com os assinantes da 100M Prime – condicionados a esperar entrega gratuita e rápida em virtualmente qualquer bem – a Amazon provavelmente será colocada para oferecer uma distribuição melhor do que a CVS ou outras redes de farmácias.

5. Presença da Amazon em lojas físicas

Quando a Amazon adquiriu a Whole Foods em 2017, também adquiriu cerca de 450 locais físicos onde, teoricamente, poderia dispensar prescrições da mesma forma que a CVS e a Rite Aid fazem. Essas lojas também podem servir como centros de distribuição de medicamentos por meio de um serviço como o Prime Now, semelhante ao modo como a Amazon oferece a entrega de mantimentos no Whole Foods no mesmo dia. A Amazon também anunciou planos para uma nova cadeia de supermercados, separada da aquisição da Whole Foods. Essas lojas seriam mais como mercearias convencionais e poderiam conter farmácias – para coleta de receita na loja ou como hubs para um serviço de entrega local.

6. Distribuição simplificada

As ambições da Amazon na farmácia podem não acabar apenas com a entrega de medicamentos. A cadeia de suprimentos farmacêutica envolve todos os tipos de intermediários, cada um dos quais obtém uma fatia do lucro à medida que as drogas vão do fabricante para o usuário final – o tipo de modelo de negócios confuso com o qual a Amazon tem especial expertise em desestruturação.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock

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