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Como as farmácias podem atuar como hubs de saúde

O conceito e o foco em atendimento personalizado valem para todos os tipos de estabelecimentos, desde grandes redes até farmácias de bairro

Além de operar como um estabelecimento que comercializa medicamentos, itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPC), as farmácias assumiram um papel muito importante, de transformar aquele espaço para também oferecer serviços básicos de saúde, sendo chamadas de hubs de saúde.

Os serviços prestados podem ser voltados à detecção de riscos como, por exemplo, a realização de testes contra a Covid-19, testes como Perfil Lipídico, Hemoglobina Glicada, PSA (próstata), Beta- HCG (gravidez), Arboviroses (ex.: Zika e Dengue) entre outros. Além disso, ações de prevenção e imunização e avaliações de saúde, como aferição de pressão, temperatura e vacinação contra gripe já são realidade.

Isso só foi possível após a aprovação da Lei Federal 13.021, de agosto de 2014, que passou a reconhecer as drogarias como estabelecimentos de saúde e conferir autonomia técnica aos profissionais farmacêuticos. 

Mas se engana quem pensa que isso é exclusivo para farmácias de grandes redes. Pelo contrário, também é algo possível para as pequenas farmácias independentes. Como a lei não delimita tamanho do negócio e se aplica às farmácias como um todo, basta estar homologada como farmácia para poder funcionar como hub de saúde. No entanto, é recomendável ter uma estrutura mínima para funcionar dessa forma. Possuir um consultório interno facilita na atuação como prestadora de serviços à saúde.

Estratégia para aumentar a receita

Com essas considerações, ser um hub de saúde pode ser uma ótima estratégia para a receita desses pequenos negócios, ampliando o portfólio e servindo de apoio à população do bairro, por exemplo, desafogando o sistema de saúde para exames simples como os mencionados.

Além disso, até farmácias que não possuem consultórios farmacêuticos podem ser hubs de saúde. Atualmente, existem as healthtech – empresas de saúde e tecnologia, focadas em trazer soluções de inovação para os cuidados médicos e de toda a rede relacionada. Elas criaram meios onde, utilizando a tecnologia, pequenos equipamentos permitem que exames laboratoriais sejam feitos com apenas três gotas de sangue (ex: Hilab) ou exames genéticos a partir de um pouco de saliva (ex: Genera). Além disso, aferir a pressão e balanças para verificação do peso também são serviços que podem ser oferecidos.

Cenário dos hubs de saúde

Como já acontece nos Estados Unidos, há uma tendência para que as farmácias virem hubs de saúde. Lá, por exemplo, além dos farmacêuticos, existem médicos dentro das farmácias, como na CVS, rede de farmácias americana que implementou o novo formato – CVS HealthHub – em pouco mais de 600 das suas 10 mil unidades e, com um amplo leque de atendimento personalizado, oferece produtos e serviços voltados para o cuidado da saúde diária e para o alívio de doenças crônicas.

Aqui no Brasil, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) vem fazendo um trabalho muito forte para que estes estabelecimentos virem micro centros de saúde. De acordo com a própria associação, entre as redes associadas, já são 4.518 farmácias com salas e consultórios em operação no Brasil, com mais de 14 mil farmacêuticos prestando serviços, ao invés de se dedicar apenas às vendas. Até outubro do ano passado, 5,2 milhões de atendimentos foram realizados.

Os serviços prestados podem ser voltados à detecção de riscos como, por exemplo, a realização de testes contra a Covid. Além disso, ações de prevenção e imunização e avaliações de saúde, como aferição de pressão, temperatura e vacinação contra gripe já são realidade. Ainda que não seja uma realidade geral, o conceito e o foco em atendimento personalizado valem para todos os tipos de estabelecimentos, desde grandes redes até farmácias de bairro. 

Como digitalizar as farmácias independentes? 

Foto e fonte: gerente de ofertas e produtos da Linx,  Leandro Ruggero, com exclusividade para o Guia da Farmácia.

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