A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por isso, aumenta a necessidade de adequarmos o atendimento das farmácias a esse público.
Confira as dicas da palestrante, consultora de empresas e colunista do Guia da Farmácia, Silvia Osso, para melhor atender a terceira idade na farmácia:
Sortimento: os clientes idosos esperam encontrar no ponto de venda (PDV) produtos que os beneficiem e que os auxiliem na qualidade de vida.
Atendimento: neste quesito, é preciso enxergar que a menor habilidade física não significa menor capacidade mental. É preciso perceber que apenas parte da população idosa é “carente” e precisa de atenção especial. Portanto, não se deve tratá-los como se fossem incapazes.
O profissional de farmácia tem de estar capacitado para atender bem a todos os públicos e deixar de lado um tratamento especial apenas para o idoso. A inclusão é vital.
Digitalização: eles querem interagir com produtos eletrônicos, por exemplo, mas são mais impacientes em relação ao novo. Nesse sentido, as empresas podem investir em interfaces mais amigáveis e desenvolver manuais de leitura mais agradáveis e fáceis.
Infraestrutura: as lojas não precisam ser adaptadas para idosos. Elas precisam ser funcionais e servirem para todos os públicos. Atualmente, elas devem ter ótima sinalização visual, tanto para as categorias quanto para os grupos ou subgrupos.
Cuidados com a pandemia: nesse sentido, valem as sinalizações para as regras de convivência, como “use máscaras”, “evite ficar próximo das pessoas”. Outros cuidados são presença de suportes para álcool gel; tapetes higienizadores; corredores mais largos; balizas com faixas impedindo aproximação do balcão; e barreiras protetoras de acrílico/vidro nos caixas.
Atenção Farmacêutica: este serviço tem uma gama variada para atendimento e deve ser disponibilizado a todos os clientes. Afinal, os jovens também precisam de atenção sobre diabetes ou nutrição. Portanto, todos os serviços fazem parte da oferta para todos, incluindo os testes laboratoriais e as vacinas.
Necessidade de inclusão: é preciso desmistificar o idoso como um “velhinho desprotegido”. Isso é cultural, no Brasil, e deve ser abolido no atendimento ao consumidor. As farmácias ainda não têm necessidade de segmentar esse tipo de atendimento, layout ou mix.
Fonte: Guia da Farmácia
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