Como levar remédios em viagens internacionais?

A entrada de medicamentos em outros países pode sofrer fiscalização sanitária

As férias estão chegando e com isso é tempo de viajar. Destino foi definido e as passagens estão compradas para uma viagem internacional. Em meio à preparação, definição de roteiro, atualização da caderneta de vacinação, uma dúvida comum pode aparecer: posso levar meus remédios para caso eu tenha uma dor de cabeça, dor de garganta ou um resfriado naquele país?

A preocupação sobre levar remédios para outro país é ainda maior para pessoas com doenças crônicas, que precisam tomar remédios continuamente para manutenção da saúde, e demais pessoas que usam medicamentos de uso contínuo. De acordo com o especialista em regulação e vigilância sanitária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leonardo Nascimento Santos, a entrada de medicamentos em outros países pode sofrer fiscalização sanitária.

“Cada país estabelece seus requisitos próprios que envolvem, inclusive, questão diplomática. Por exemplo, pode ser proibida a entrada de tipos de medicamentos que sejam fabricados em países com relações diplomáticas conturbadas. Por isso, é importante se atentar para as regras de fiscalização de cada país para onde se vai viajar” disse.

O receituário médico assinado por profissional habilitado é o documento que atesta a necessidade do uso do remédio durante a viagem, inclusive durante o voo.

Remédios em viagens internacionais

“Além dos requisitos exigidos pela Anvisa, cabe ao viajante atender aos requerimentos gerais de transporte aéreo. Medicamentos líquidos sem prescrição médica devem ter embalagem com capacidade máxima de 100 mL, nessa restrição incluem-se medicamentos líquidos como xaropes e sprays, além de cremes, géis e pomadas. Recomenda-se também dispor da prescrição médica para as embalagens de medicamentos pressurizadas, tais como os dispositivos inalatórios, comumente usados para o tratamento de asma” explica.

O transporte de itens proibidos, como cilindros de oxigênio, que podem ser necessários para manutenção da saúde do viajante devem ser comunicados à empresa aérea com antecedência para conhecer os procedimentos necessários.

Na fiscalização executada pela Anvisa, os medicamentos isentos de prescrição médica podem ser transportados sem a prescrição médica. “Destacamos que medicamentos isentos de prescrição no Brasil podem ter diferentes restrições em outros países, a exemplo da dipirona sódica. Por isso, é sempre importante verificar as regras de fiscalização do país que deseja visitar”

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Foto: Shutterstock

Fonte: Folha de Boa Vista

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