Secretários de Saúde defendem lockdown em Estados com ocupação de leitos de coronavírus superior a 85%

O Conass também defendeu a adoção de um toque de recolher nacional, das 20h às 6h em todo o País, inclusive nos finais de semana, e também a suspensão do funcionamento das escolas

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defende a adoção imediata de lockdown nos Estados em que a ocupação dos leitos de Covid-19tenha alcançado mais de 85%.

Em comunicado divulgado a última segunda-feira (1), o Conass também defendeu a adoção de um toque de recolher nacional.

O horário é das 20h às 6h, em todo o País, inclusive nos finais de semana.

E também a suspensão do funcionamento das escolas.

Na carta, os gestores dizem, contudo, que o Brasil enfrenta o pior momento da epidemia.

E também criticam a falta “de uma condução nacional unificada e coerente” para a crise.

Assim, os secretários de saúde pedem o recrudescimento das medidas de distanciamento social em todo o País.

Levando-se em conta “a situação epidemiológica e também a capacidade de atendimento de cada região, avaliadas, assim, semanalmente a partir de critérios técnicos.

” No caso dos Estados onde a ocupação dos leitos de covid-19 ultrapasse 85%, os secretários pedem a adoção do nível máximo de restrição.

“O recrudescimento da epidemia em diversos Estados leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar a todas as regiões do Brasil”, escreveram os secretários.

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No comunicado, os gestores citam, por exemplo, a proibição de eventos presenciais, como shows, cerimônias religiosas e eventos esportivos.

Suspensão das atividades presenciais de educação no País, a adoção de trabalho remoto sempre que possível, a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais (considerando até o fechamento de aeroportos e a suspensão do transporte interestadual).

E também a adoção de medidas para a redução da superlotação dos transportes, além do toque de recolher nacional.

“O conjunto de medidas propostas somente poderá, assim, ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido um ‘pacto nacional pela vida’, que reúna então todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País, mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional.”

A saber, a carta é assinada pelo presidente do conselho, Carlos Lula.

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Fonte: Estadão

Foto: Shutterstock

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