Cúpula da pasta vê “tempestade perfeita”, com novas variantes, colapso hospitalar e falta de vacinas
A equipe do Ministério da Saúde (MS) já se prepara para o pior momento da pandemia do coronavírus com uma explosão de casos e mortes no período ultrapassando a barreira dos 3.000 por dia, em março deste ano.
O governo federal chegou ao número por causa do alastramento do vírus em todo o país, pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval e a dificuldade da população de manter-se em isolamento social.
Além da circulação no país de novas variantes mais contagiosas e com grande carga viral.
O colapso do sistema hospitalar em diversos estados ao mesmo tempo e também a falta de vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros também estão entre as causas.
Na visão da equipe do ministro Pazuello, o estado de São Paulo consegue evitar o colapso atual por possuir a maior rede hospitalar do Brasil.
O governo federal também cogita novas instalações e reabertura de hospitais de campanha nos estados já nos próximos dias.
Fiocruz diz que Brasil vive pior momento da pandemia do coronavírus e teme muitas mortes
No Brasil, a taxa de transmissão (Rt) da doença segue aumentando, como revelaram dados do Imperial College.
Dessa maneira, dezoito estados e o Distrito Federal apresentam porcentuais de ocupação de leitos de UTI Covid acima dos 80%, uma zona considerada crítica.
“Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o País, o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais”, aponta o boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O texto prega a adoção ampla e imediata de medidas mais drásticas de restrição da circulação para conter a disseminação do vírus.
De acordo com a análise do boletim, o “cenário alarmante” representa apenas uma parte pequena do problema.
“Por trás deles estão dificuldades de resposta de outros níveis do sistema de saúde à pandemia, mortes de pacientes por falta de acesso a cuidados de alta complexidade requeridos, a redução de atendimentos hospitalares por outras demandas, possível perda de qualidade na assistência e uma carga imensa sobre os profissionais de saúde.”
Para amenizar o problema, o boletim sugere “adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.”
Fiocruz alerta para agravamento de diversos indicadores da pandemia ao mesmo tempo pela 1ª vez
Fonte: IG
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