Covid-19: Brasil registra primeiros casos da subvariante ômicron XQ; veja o que se sabe

Dois casos aconteceram na cidade de São Paulo e foram sequenciados pelo Instituto Butantan

O Brasil registrou os dois primeiros casos de Covid-19 provocados pela subvariante XQ, uma combinação das sublinhagens BA.1.1 e BA.2 da ômicron.

Os casos aconteceram na cidade de São Paulo e foram sequenciados pelo Instituto Butantan.

A saber, o Instituto e a Secretaria Estadual de Saúde confirmaram a informação.

Todavia, as informações sobre idade e gênero dos pacientes não foram divulgadas.

Uma recombinação ocorre quando um indivíduo é infectado com duas ou mais variantes ao mesmo tempo.

Resultando, então, em uma mistura de seu material genético dentro do corpo do paciente.

Mas uma variante recombinante, como é o caso da XQ, não é a mesma coisa que um indivíduo infectado por duas variantes ao mesmo tempo.

A XQ é uma mistura das duas sublinhagens da ômicron: BA.1.1 e BA.2.

O médico pediatra e geneticista, diretor do Laboratório Genetika, em Curitiba, Salmo Raskin, explica que, como temos poucos casos descritos no mundo, não é possível, então, saber ao certo informações sobre a transmissibilidade virulência da XQ.

Todavia, como esse número também é muito pequeno no país, o pesquisador acredita também que essas recombinantes serão provavelmente ‘engolidas’ pela BA.2, que é mais transmissível que a BA.1.

“Todas essas variantes recombinantes são chamadas de variantes de interesse. Estão abaixo do grau de variante de preocupação (VOC) da OMS”, diz.

Contudo, à época, embora apontada em estudos iniciais como cerca de 10%, então, mais transmissível que a BA.2, a OMS disse, então, que aguardava novas pesquisas sobre o assunto.

Explicação científica

No mesmo mês, a organização também havia dito que continuaria a monitorar os riscos associados às variantes recombinantes.

E que, portanto, forneceria atualizações à medida que mais evidências, então, científicas estivessem disponíveis.

Já a infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Carla Kobayashi, explica que a OMS já tinha alertado sobre, então, essa recombinação recém-identificada no Brasil em relatórios de meados de março, sem nomeá-la de XQ.

A infectologista destaca que, quanto mais variantes, maior, então, é o risco de características como maior transmissibilidade, capacidade de reinfecções.

No entanto, outros ou novos sintomas mais específicos, porém ressalta que as características genéticas das atuais recombinações estão, portanto, bastante semelhantes.

Nota da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo

A Secretaria de Estado da Saúde mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético e, até o momento, há dois casos da nova variante Ômicron XQ (BA.1.1 e BA.2) no município de São Paulo identificadas pelo Instituto Butantan. Balanço da vigilância aponta mais de 10 mil casos da variante Ômicron e suas sublinhagens.

O comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos, por exemplo. A Vigilância estadual, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), monitora, acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real de todas as Variante de Preocupação (VOC = Variant Of Concern), tais como Delta, Alpha, Beta, Gamma e a Ômicron.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a Covid.

Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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