Covid-19: Cenário do varejo farma independente

Para 70,9% dos entrevistados o impacto da pandemia sobre as vendas foi positivo

A terceira pesquisa sobre os impactos da Covid-19 no varejo farma independente, realizada pela consultoria Farmácia10x, foi divulgada, mostrando o cenário atual dessas farmácias. Para 70,9% dos entrevistados o impacto da pandemia sobre as vendas foi positivo, aumentando-as. Contudo, 19,10% responderam que houve queda nas vendas. Esse percentual pode aumentar a medida que o período de isolamento social se estende e os impactos na renda da população aumentam.

Entre os entrevistados, quando questionados sobre o estoque, 14% afirmaram que tiveram quedas nas vendas desde o início da pandemia, assim, pretendem comprar menos nos próximos dias. Já 50% dos entrevistados afirmou que abastecerá seu estoque normalmente dentro da média, desconsiderando picos de vendas dos últimos dias para não complicar o fluxo de caixa.

Sobre as expectativas de vendas, apenas 16,4% dos entrevistados respondeu que acredita que os próximos 15 dias sejam de alta nas vendas e 48,2% respondeu que acredita que as vendas voltarão ao normal após esse período. Sessenta e oito por centro deles também respondeu que acredita que a crise do novo coronavírus não passará em menos de 60 dias. Desse modo, isso deve ser considerado na hora de realizar o planejamento. Perguntas como “como fica a minha loja se a crise demorar mais tempo para passar do que eu acredito?” devem ser analisadas.

Em relação aos funcionários, 73,6% dos entrevistados respondeu que planeja manter a equipe sem redução de salário e pagando normalmente a comissão.

O uso do delivery também foi questionado na pesquisa e 83,6% das farmácias independentes entrevistadas afirmou já realizar vendas dessa forma.

Dificuldade de reposição e ruptura

Sobre os itens com maior dificuldade de reposição estão: agulhas e seringas, álcool em gel, luvas, máscaras e medicamentos como: atorvastatina, azitromicina, dipirona e enalapril. O potencial de ruptura também foi abordado. Estima-se que medicamentos fornecidos pela China, como a dipirona e a losartana, devem atrasar cerca de quatro a seis semanas no abastecimento; e medicamentos fornecidos pela Índia, como o ibandronato de sódio e a mesalazina, devem atrasar cerca de duas a cinco semanas, de acordo com a estimativa.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock

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