Covid-19: Nova variante ômicron XE preocupa e pode ser a mais contagiosa já vista

A estimativa da OMS é que se espalhe 10% mais facilmente do que BA.2, que já se mostrou mais transmissível do que a ômicron original

O surgimento de novas variantes da Covid-19 na China e a ascensão de uma cepa potencialmente mais contagiosa no Reino Unido trouxeram de volta o foco no risco contínuo representado pelo vírus.

Ainda que os especialistas digam que não há motivo para entrar em pânico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que uma variante híbrida de duas cepas da ômicron — BA.1 e BA.2 — detectada pela primeira vez no Reino Unido e batizada XE pode ser a mais contagiosa já vista.

A estimativa é que se espalhe 10% mais facilmente do que BA.2, que já se mostrou mais transmissível do que a ômicron original.

Na China, que enfrenta seu maior surto desde Wuhan, as autoridades relataram duas novas subvariantes da ômicron que não correspondem a nenhuma sequência existente.

Contudo, não está claro se essas infecções foram eventos pontuais de pouca relevância ou sinal de problemas futuros.

“Se os esforços das autoridades chinesas para conter o contágio forem ineficazes contra um vírus altamente transmissível, como uma variante ômicron, isso pode se tornar uma ameaça para o resto do mundo”, disse Rajeev Venkayya, que já foi assessor de biodefesa da Casa Branca e assumiu a presidência da farmacêutica Aerium Therapeutics em março.

Preocupação com a variante ômicron XE

A circulação contínua da Covid-19 mais de dois anos após a identificação na China ainda é um problema fundamental para um mundo pronto forçado a conviver com o coronavírus.

Dessa maneira, então, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (conhecida pela sigla FDA) faz audiência esta semana para discutir quais doses de reforço da vacina serão necessárias e como selecionar alvos entre as estirpes do vírus.

Surtos

O número de infecções causadas pelas novas variantes é pequeno em relação à magnitude dos surtos que ainda estão acontecendo em todo o mundo.

Além disso, os cientistas identificaram o surgimento de muitas variações que não avançaram.

“Devemos monitorar de perto as novas recombinações, mas não devemos entrar em pânico no momento”, disse o virologista e professor da Universidade de Hong Kong, Leo Poon.

Fonte: Valor Econômico

Foto: Shutterstock

 

 

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