Cristália aumenta receita em 25% com vendas de medicamentos para tratamento da Covid-19

O cofundador da companhia, Ogari de Castro Pacheco, disse que a pandemia gerou uma demanda extra de medicamentos fornecidos ao segmento hospitalar para o tratamento da Covid-19

19O faturamento do Laboratório Cristália subiu 25% em 2020, elevando para R$ 3 bilhões a receita da empresa com sede em Itapira.

O aumento na receita está diretamente ligado à pandemia, que gerou uma demanda extra de medicamentos – especialmente anestésicos – fornecidos, então, ao segmento hospitalar para o tratamento da Covid-19.

A informação é do próprio cofundador da companhia, Ogari de Castro Pacheco.

De acordo com ele, dos 30 medicamentos contidos no protocolo de atendimento em Unidades de Tratamento Intensivo  (UTI) para a doença, o Cristália fornece 24 produtos.

Assim, a venda ao segmento hospitalar foi responsável por 80% da receita da empresa no ano passado.

O executivo também revelou que a companhia está investindo R$ 73 milhões para ampliar sua capacidade produtiva de injetáveis em Itapira (SP).

Também foram contratadas mais 100 pessoas para suprir o aumento de demanda, intercalar os turnos e, assim, garantir o cumprimento das normas de segurança.

Receita hospitalar da Cristália ligada ao Covid-19

Pacheco enfatiza também que o Cristália foi capaz de atender clientes hospitalares na pandemia, antes da conclusão das obras de expansão, por manter estoque de medicamentos de, pelo menos, três meses.

“Essa é uma filosofia da empresa. Isso nos permitiu atender os hospitais no primeiro momento e, consequentemente, levou a esse crescimento na receita. Eu prefiro ter esse estoque maior do que ficar com pendências com clientes”, disse.

Dessa maneira, agora, por causa da demanda ainda crescente, a empresa, vem ainda fazendo uma gestão mais “apertada” do estoque – o giro é de até dois meses, dependendo do produto.

“Para atender a todos, fracionamos as entregas. Mas, estamos tentando manter o nível de estoque regulador, de três meses”, comentou o empresário.

Exportações

A saber, o Cristália também segurou um pouco as exportações em razão da crise sanitária.

Então, em 2020, as vendas externas somaram US$ 4,8 milhões, contra US$ 7,8 milhões no ano anterior.

“Estamos vivendo um regime de exceção. Não podemos vender produtos essenciais no tratamento da doença a outros mercados. Tem os que atender a demanda interna e depois outros países”, salientou Pacheco.

Contudo, a pandemia também fez com que a empresa adiasse o lançamento de novos produtos no mercado nacional.

De acordo com Pacheco, a empresa deveria, todavia, apresentar um medicamento para lesões agudas da medula espinhal neste ano.

“Os estudos clínicos estão concluídos. É inovador e não há no mercado mundial. Em lesões recentes os resultados são promissores”, afirmou.

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Fonte: Itapira News

Foto: Coluna Cleber Toledo

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