O Laboratório Cristália anuncia a conquista de sua 114ª patente, mais um recorde da indústria nacional. A nova patente do laboratório foi concedida nos Estados Unidos, com o número US 10865209.
E é relacionada ao processo para a preparação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) Temozolomida, usado, então, na produção de medicamentos para alguns tipos de tumores cerebrais.
De acordo com o Cofundador do Cristália, Dr. Ogari Pacheco, o IFA Temozolomida é essencial a medicamentos indicados no tratamento de gliomas de baixo e alto grau.
Incluindo também o astrocitoma anaplásico, o glioblastoma multiforme e o melanoma metastático maligno em estágio avançado.
O Brasil importa praticamente a totalidade de insumos farmacêuticos ativos para uso oncológico, com uma dependência do País em relação ao mercado internacional.
“O Laboratório Cristália é a única empresa do País a contar com uma planta farmoquímica dedicada à produção de IFAs para o tratamento do câncer, inaugurada em 2019, e busca desenvolver tecnologias que garantam insumos mais eficientes, com menor toxicidade e com segurança no processo de produção e para o meio ambiente”, destaca Dr. Pacheco.
Desenvolvimento
O processo industrial desenvolvido pelo Cristália para a produção do IFA Temozolomida contou com tecnologia avançada e uma nova abordagem sintética.
Por padrão, o IFA Temozolomida é produzido por meio da utilização de um reagente extremamente tóxico conhecido por metil-isocianato (MIC).
A saber, trata-se de um líquido muito volátil, o que torna, portanto, difícil sua manipulação devido à formação de gases extremamente tóxicos.
Basta lembrar que o MIC foi a causa de um dos maiores desastres químicos da história industrial, ocorrido em 1984 em Bopal, na Índia.
Que expôs, assim, mais de 500 mil pessoas, levando oficialmente 2.500 à morte e causando, assim, ferimentos permanentes e incapacitantes a cerca de 4 mil pessoas.
A Temozolomida, porém, é um dos IFAs mais utilizados para o tratamento de tumores cerebrais.
Segurança na produção da patente do insumo farmacêutico
Portanto, para garantir a segurança de produção do IFA, o setor de pesquisa e desenvolvimento farmoquímico do Cristália desenvolveu um processo com um reagente alternativo, sólido, de fácil manipulação e, assim, menos tóxico, eliminando o risco de acidentes ambientais.
O processo exclusivo desenvolvido pelo Cristália resultou, assim, em um IFA de alta qualidade, atendendo também a padrões internacionais.
De acordo com Dr. Pacheco, foram mais de 2 anos de estudos, pesquisa e desenvolvimento para a obtenção da patente.
Brasil produz apenas 5% dos insumos necessários para a fabricação de seus medicamentos
Fonte: Cristália
Foto: Pharma.com.br