O Laboratório Cristália inaugurou hoje (06/08) sua planta Farmoquímica Oncológica, na cidade de Itapira (SP). A nova unidade industrial nasce produzindo seis diferentes Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) de Alta Potência, que serão utilizados para a produção de medicamentos para o tratamento de adenomas, câncer de mama, pulmão, medula, ossos e cérebro.
A cerimônia de inauguração acabou de acontecer e contou com a presença do Presidente da República Jair Bolsonaro, que enalteceu a importância da iniciativa para a saúde do País, bem como questionou a burocracia que envolve todos os processos brasileiros, inclusive a morosidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no que diz respeito à aprovação de novos medicamentos. “Quanto tempo leva um registro na Anvisa? Será que esse tempo todo justifica? Será que está se criando um excesso de zelo ou só está procurando criar dificuldade para vender facilidades? É importante lembrar que as Agências têm um poder enorme: para o bem ou para o mal.”
Investimento do laboratório Cristália
De acordo com o cofundador do Laboratório Cristália, Dr. Ogari de Castro Pacheco, o Brasil importa 100% de insumos farmacêuticos na área oncológica e produzir seus próprios insumos é o que direciona qualquer país ao desenvolvimento. “Aqui não se fazia insumos farmacêuticos até agora, a Cristália é a primeira unidade da América Latina a produzir. Por que fazer se posso lucrar mais importando de fora? Por que nenhum país se torna desenvolvido se não investir naquilo a que se propõe fazer. Se não produzir insumos, vamos ficar dependentes eternamente dos outros.”
Para isso, a empresa investiu cerca de R$ 150 milhões com recursos próprios na construção da nova planta produtiva, que tem três mil metros quadrados.
Sendo assim, a Farmoquímica Oncológica do Cristália ficará responsável por produzir os seguintes IFAs: Ácido Zoledrônico, para inibição da reabsorção óssea osteoclática do tumor; Bortezomibe, indicado para o tratamento de mieloma múltiplo; Cabergolina, para o tratamento de adenomas hipofisários secretores de prolactina e hiperprolactinemia idiopática; Anastrozol, para o tratamento do câncer de mama em mulheres pós-menopáusica; Premetrexede, para o tratamento de mesotelioma pleural e câncer de pulmão; e Temozolomida, utilizado no tratamento de cânceres cerebrais e para o glioblastoma multiforme.
Foto: Palácio do Planalto
Fonte: Guia da Farmácia