E-commerce deve crescer 32% em 2021, com destaque para o cashback

Os varejistas das farmácias deverão redesenhar a experiência na loja e torná-la mais digital para se adaptar a clientes digitalizados, diz estudo da XP Investimentos

O e-commerce focado no cashback deverá ser muito utilizado neste ano. Mesmo com a chegada da vacina, a expectativa é que as compras online continuem mostrando um desempenho forte, com um crescimento superior a 32% em 2021.

É o que prevê um relatório da XP Investimentos.

O levantamento mostra uma visão otimista do mercado para um país que ainda tem muito espaço para a expansão do e-commerce.

Em 2019, por exemplo, a taxa de penetração das vendas online ficou em 6%.

Já no ano passado, esse índice cresceu e fechou em 9%.

A maior contribuição para esse resultado veio do segmento de eletrônicos, que registrou um quarto de todos os pedidos.

Na sequência, a categoria de jogos contribuiu cerca de 19%.

“Se olharmos a penetração por categoria, fica claro que o e-commerce brasileiro ainda tem muito crescimento para entregar, o que deve ser acelerado pela digitalização dos consumidores aliada ao fortalecimento das iniciativas multicanal. Vemos a multicanalidade como uma vantagem competitiva, pois oferece aos clientes uma experiência mais ampla e completa, aliada a redução dos custos de entrega”, diz a pesquisa.

O relatório também ressalta que, diferente de outros países, como Estados Unidos e China, no Brasil existe uma forte concorrência interna — com marcas fortes e consolidadas — além da concorrência externa, com nomes como Amazon e Alibaba.

“Esperamos ver um cenário competitivo muito mais desafiador em 2021 e, portanto, acreditamos que empresas maiores e consolidadas devem ter a vantagem, pois oferecem uma plataforma mais robusta ao mesmo tempo em que têm mais escala”, destaca a equipe de analistas da XP.

Serviços financeiros e cashbacks

Parte desse crescimento do comércio virtual está e deve continuar ligado aos serviços financeiros oferecidos pelas empresas.

Além de facilitar o pagamento e o recebimento das transações realizadas nas plataformas, essas carteiras ainda oferecem cashbacks, que é um forte atrativo para os consumidores, com recompensas por cada compra realizada.

“À princípio, isso pode ser visto como uma forma simples de “dar descontos” aos seus clientes, mas na verdade é muito mais do que isso. É um mecanismo que aumenta sua conversão de vendas e, ao mesmo tempo, aumenta a frequência de compra e a fidelização”, avalia o estudo.

A tendência do ano é o ‘digital’, através do e-commerce focado no cashback

A pandemia também promoveu a união dos serviços físicos e digitais em uma nova modalidade denominada “digital”.

As lojas varejistas, que muitos acreditavam seguir um modelo ultrapassado, estão passando por um processo de reinvenção.

E, dessa maneira, já são usadas como lojas de conveniência para compras físicas e, simultaneamente, como centros de distribuição de onde saem os pedidos virtuais.

Este movimento fica evidente com a ampliação da rede Amazon Go que a companhia quer realizar ainda em 2021.

Já grupo chinês Alibaba dobrou sua participação e assumiu o controle da Sun Art, uma das principais redes de departamento da Ásia.

Isso se estende ao comércio brasileiro, que, apesar de engatinhar, já traz novidades neste setor, como a Zaitt, que foi a primeira com este modelo de negócio no país.

Embora acreditemos que os consumidores devem continuar a valorizar a experiência de compra na loja física, entendemos que os varejistas deverão redesenhar a experiência na loja e torná-la mais digital para se adaptar a clientes digitalizados. Levar conveniência às lojas será a chave para ter sucesso e se destacar no novo normal”.

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Fonte: CNN Brasil

Foto: Shutterstock

 

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