Entenda o que são bactérias multirresistentes

Saiba como sanar possíveis dúvidas dos consumidores

Ambiente hospitalar higienizado, proteção individual e limpeza das mãos com álcool são cuidados para evitar contaminação geralmente alojada em pessoas com quadro clínico fragilizado. Confira algumas informações a respeito do controle de antibióticos, higiene e desinfecção hospitalar e treinamento de profissionais e tire suas dúvidas:

O que é uma bactéria multirresistente?

Bactéria é um micro-organismo que se aloja em diversas partes do corpo humano. Existem várias instaladas nas mãos, nos cabelos, na boca, no nariz, e a maioria funciona como mecanismo de proteção. Quando há uma infecção e ela é tratada com antibiótico, o medicamento provoca a morte das mais sensíveis. As multirresistentes — que não se abalam com o tratamento — estão em menor número no organismo, encontram espaço para se multiplicar e se espalhar pelo corpo do hospedeiro.

Por que algumas pessoas ficam doentes e outras não?

Quando a bactéria está em alguma parte do corpo e não provoca infecção, os especialistas chamam a isso de colonização. O paciente que apresenta quadro clínico crônico, saúde fragilizada e colônia de micro-organismos resistentes a antibióticos fica mais suscetível a desenvolver infecções.

Como prevenir a colonização e a infecção bacteriana?

O principal cuidado é a higienização das mãos com álcool. Lavar com água e sabão ajuda, mas o álcool tem mais eficácia. Também é importante manter o ambiente hospitalar limpo, visto que a bactéria tem sobrevida longa nas superfícies, como nas grades das camas, na prancheta do prontuário, nos lençóis etc. Para isso, é preciso ter garantidos produtos de limpeza, equipamentos de proteção individual (luvas, capotes e máscaras) e pessoal capacitado para cumprir os protocolos.

Falta medicação para tratar os pacientes infectados?

A saúde enfrenta a falta de opções de antibióticos no mercado. Segundo a coordenadora de Infectologia da Secretaria de Saúde de Brasília, Maria de Lourdes Lopes, a indústria farmacêutica diminuiu a produção desse tipo de medicamento nos últimos 20 anos. A resistência sucessiva das bactérias aos antibióticos que foram produzidos significa prejuízo financeiro para as indústrias farmacêuticas.

A contaminação nos hospitais é motivo para preocupação?

Sim. Superlotação dos prontos-socorros falta de medicação nas prateleiras e quebra de protocolo de segurança por parte da equipe técnica são alguns exemplos. “É preciso criar uma política de enfrentamento à resistência bacteriana, com enfoque na manutenção dos insumos e dos antibióticos e no treinamento de profissionais que convivem com pacientes infectados e colonizados”, afirma Lourdes Lopes.

Fonte: Jornal de Brasília
Foto:Shutterstock

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