O estresse tem consequências físicas e psicológicas. Fazer um trabalho de autoconhecimento para aprender em que situações a pessoa fica mais estressada é um dos caminhos para manter o controle
O estresse é uma reação do organismo em decorrência de um evento estressor, que quando presente, faz com que o indivíduo tenha que reagir a ele.
“Este evento estressor pode ser fácil de contornar, mas pode levar o indivíduo a esgotar sua força adaptativa, gerando então consequências físicas e psicológicas”, esclarece a psicóloga clínica e hospitalar e gerente de Saúde Mental do HCor, Silvia Cury.
Entre os sintomas físicos, Sílvia Cury destaca: bruxismo, tensão muscular, respiração acelerada, insônia, perda de apetite ou apetite em excesso, entre outros.
“Em relação à parte emocional, ansiedade elevada, medo, tensão nervosa, sensação de pânico, compulsão que pode levar ao uso de substâncias químicas e depressão”, diz a psicóloga. Segundo ela, na mulher o impacto pode ser leve ou mais grave. Tudo depende de como ela vai lidar com o problema que a deixa estressada e se ela tem recursos emocionais para lidar com certas situações. “No caso das mulheres, temos que levar em consideração as questões hormonais que, por si só, já trazem consequências emocionais também, podendo intensificar situações estressantes ou vice-versa”, comenta.
Uma das coisas mais importantes é fazer um trabalho de autoconhecimento para aprender em que situações a pessoa fica mais estressada, como reage e como pode então lidar com isso. “Fazer terapia é fundamental para buscar recursos emocionais para lidar com as situações do dia a dia. Se a pessoa precisar de ajuda, o ideal é que ela procure um psicólogo e, se necessário medicação, um psiquiatra. Além disso, se houver a possibilidade de ter profissionais que ajudem na dieta e na atividade física, é um bom cenário. Caso a pessoa não tenha acesso a esses especialistas em Nutrição e Educação Física, ela pode se programar para colocar o corpo em movimento, caminhando no parque, e também ter uma alimentação saudável”, diz Silvia.
Sedentarismo e estresse
O sedentarismo é algo perigoso e que, pelos mais diversos motivos, faz parte da vida de muita gente. É considerado sedentário todo indivíduo que não pratique ao menos 300 minutos de atividade física por semana. E no caso das mulheres, as estatísticas são preocupantes. Segundo o cardiologista, médico do esporte e coordenador do Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do HCor, Dr. Carlos Hossri, 70% da população feminina pode ser considerada sedentária, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2017.
“O estresse está muito associado ao sedentarismo. E isso gera um embotamento físico com consequências também emocionais. Pessoas mais sedentárias têm mais depressão, embotamento de tristeza e também ansiedade. Existe um pareamento entre essas duas situações, o estresse e o sedentarismo, e o fugir da vida sedentária é fundamental”, ressalta o Dr. Hossri.
Ele ainda reforça que o sedentarismo também abre portas para doenças cardiovasculares e outras crônicas como as metabólicas e as degenerativas como o Parkinson, por exemplo. “Mobilidade é um link de qualidade de vida imprescindível, fundamental”, finaliza o Dr. Hossri.
Como fugir do estresse e preservar o coração
Fonte: Guia da Farmácia
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