Equipamento que utiliza câmeras comuns detecta câncer de pele em até 99% dos casos

O equipamento, que deve chegar ao mercado nos próximos três anos, permite que o câncer de pele seja detectado por imagens capturadas por câmeras de celulares

Um dos países com maior incidência de câncer de pele – a cada ano são registrados 180 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá ganhar, nos próximos três anos, um equipamento para detecção de câncer de pele com uma taxa de sucesso de 99%, usando imagens capturadas por câmeras comuns, como telefones celulares.

A tecnologia inovadora tem à frente o Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o professor Jacob Scharcanski, membro da Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), organização profissional dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, que desenvolveu o projeto em parceria com empresas privadas, a Universidade de Waterloo, Canadá e alunos da UFRGS, pesquisadores brasileiros e outras instituições do Brasil.

O equipamento gerado por este projeto ainda não foi produzido em escala comercial. De acordo com o professor, o equipamento poderá ser utilizado por profissionais de saúde e dermatologistas não treinados em dermatoscopia. “Isso faz diferença, pois o dermoscópio é um equipamento especializado utilizado por dermatologistas treinados”.

Câncer de pele

O melanoma, conhecido como melanina, que se origina das células que produzem o pigmento Melanina que dá cor à pele, é um tumor mais agressivo que pode causar metástases para outros órgãos, além de outras lesões, tais como as que se originam nas células basais e apresentam altos percentuais de cura, se detectadas precocemente. A lesão de pele do tipo melanoma é a de maior incidência no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Desse modo, o INCA estima, ainda, que cerca de 6.200 casos de melanoma sejam diagnosticados a cada ano (2.900). Assim, levando aproximadamente 1.500 pessoas a óbito por ano.

Foto: Shutterstock
Fonte: IEEE

Deixe um comentário