De olho nas tendências do varejo farma

Acompanhe as demandas atuais e futuras que podem servir de alavanca para as vendas

Como o fortalecimento do varejo farma no País, que está entre os maiores do mercado mundial, algumas tendências têm se fortalecido. Acompanhá-las pode ajudar a atender as demandas atuais e futuras do consumidor. E, como consequência, vem o fortalecimento das vendas, como reflexo da satisfação do cliente. Acompanhe, a seguir, os principais insights que ditam o futuro das farmácias para os próximos anos.

Mais produtos e serviços

As tendências indicam que as farmácias devem se transformar em centros de serviços de saúde – com clínicas, exames laboratoriais, ópticos e de beleza. Prevê-se, ainda, a oferta de novos segmentos de produtos (como alimentos) e lojas de comportando como centros de conveniência (1).

Canais digitais

A conectividade é o novo normal. Em 2017, 45% da população mundial já tinha acesso à internet. Para 2030, esse número deve ser de 76%, projeta a Euromonitor International. Tanto que os tutoriais sobre aplicação de produtos, por exemplo, fazem do YouTube um canal essencial de vendas. Na era digital, todos são comunicadores e podem falar sobre suas experiências, influenciando milhares de consumidores ávidos por informações e opiniões sobre empresas, produtos e marcas. Estar presente no canal online vem se mostrando uma estratégia fundamental para aumentar as vendas e o conhecimento da marca. Com a possibilidade de fazer compras com um clique, o consumidor está, cada vez mais, buscando marcas que estejam disponíveis também nesse canal. Nota-se, ainda, a explosão das vendas por celular. Para os próximos anos, a Euromonitor prevê uma relativa estabilidade nos demais canais de vendas e manutenção do forte crescimento no e-commerce, sobretudo nas compras por celular, que começaram a avançar em ritmo acelerado a partir de 2012. De lá até 2020, as vendas finalizadas por celular devem crescer quase 2000%.

Novo sortimento

Algumas categorias de produtos começam a ganhar força no canal farma, indicando novas tendências. Em cinco anos, de acordo com a Euromonitor Internatinal, as vendas de produtos de cuidados pessoais masculinos, por exemplo, cresceram 70% no Brasil, indo de R$ 11,66 bilhões, em 2012, para R$ 19,8 bilhões, em 2017. O envelhecimento populacional é outro aspecto a ser considerado na hora de compor o mix e serviços.  Afinal, esse público coloca no mercado uma nova leva de consumidores, com gostos e necessidades bem específicos. Olhar para esse fenômeno com atenção e cuidado pode garantir a melhora na performance de vendas. Além dessas categorias, especialistas no setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) afirmam que o segmento deve continuar crescendo no canal farmácia, sobretudo em categorias de healthcare, como protetor solar, repelentes, dermocosméticos e higiene oral (2).

Novas tecnologias

A inteligência artificial também se consagra como uma tendência no varejo. Com esta ferramenta, passa-se a integrar todas as oportunidades e promoções, realizando uma comunicação dirigida e personalizada para cada consumidor. O sistema também contribui para que se tenha uma melhor revisão do portfólio de produtos vendidos em loja e no formato de exposição desses produtos. Além disso, a personalização da experiência do consumidor por meio de novas tecnologias, a melhora dos programas de relacionamento e a digitalização da gestão serão prioridades dos varejistas (3).

Prescrição eletrônica

A prescrição de medicamentos em papel, escrito à mão, tende a acabar. O método “analógico” de receitar medicamentos é uma das causas importantes de erros de dispensação na farmácia e erros dos pacientes, gerando danos, mortes e elevados custos para a saúde. A telemedicina e telessaúde também compõe esse cenário de mudanças. Nos Estados Unidos, por exemplo, redes de farmácias já oferecem sistemas de consulta remota com médicos dentro das lojas. O paciente entra em uma cabine, fala com o médico, faz autoexames simples de forma supervisionada (com equipamentos disponíveis ali mesmo) e recebe um diagnóstico e prescrição de medicamentos, se necessário. No Brasil, a prática ainda é proibida, mas o movimento é forte nesse sentido (4).

Concentração do mercado

A concentração do mercado do varejo farmacêutico no Brasil nas grandes redes de farmácias e redes associativistas tende a continuar.  A “cauda longa” das farmácias independentes, mesmo possuindo dois terços das lojas do país, não concentram a maioria das vendas. As redes de farmácias estão concentradas principalmente nas capitais e cidades de médio-porte, mas a forte expansão do setor tende a levar essas farmácias cada vez mais aos municípios menores. Apenas na Abrafarma, são inauguradas 500 novas farmácias todos os anos (4).

Serviços farmacêuticos

Os serviços farmacêuticos são a porta de entrada desse movimento que está mudando a farmácia no Brasil, bem como em outros países. A história de evolução das farmácias e drogarias à levará a ser parte ativa no sistema de saúde. As tendências indicam que as empresas devem incorporar esta nova filosofia à sua missão e reorganizem seus negócios, de modo que o farmacêutico e seus serviços passem a ser parte do centro de receitas das farmácias e não mais centro de custos (4).

Marcas próprias

Categorias foco desempenharão um papel estratégico, representando de 5% a 10% dos negócios (5).

Fontes: (1) Matéria “Pós-NRF: Especialistas preveem farmácias em 2025 e outros insights do varejo”, do portal Guia da Farmácia; (2) Caderno de Tendências 2019-2020, desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); (3) Matéria “Grupo DPSP aposta em inteligência artificial em suas lojas“, do portal Guia da Farmácia; (4) Portal ClínicaRx; e (5) Matéria “Farmácia e Saúde: tendências para 2025 apontadas no Pós-NRF“, do Portal Guia da Farmácia.

Fonte: Guia da Farmácia

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