Enjoo na gravidez: como tratar?

O Zingiber officiale Roscoe (gengibre) é um exemplo de ingrediente fitoterápico poderoso e aliado ao manejo de náuseas e vômitos

Cerca de 85% das mulheres podem apresentar enjoo como Náuseas e Vômitos na Gestação (NVG) e este quadro pode se apresentar em diversos graus de êmese (vômitos) associado à náusea. Na grande maioria das vezes (90%), ela incide nas primeiras semanas da gestação com melhora progressiva, sendo apenas ocasional depois da 20ª semana¹.

O hormônio Beta-HCG produzido na placenta é apontado como o principal fator para esse fenômeno, conforme explica o ginecologista e obstetra do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (Cejam), Dr. Gilberto Nagahama.

Ele lembra, inclusive, que existem quadros mais graves de vômitos nas gestantes, denominados de hiperêmese gravídica. “Eles representam apenas 1,1% de todos os quadros de vômitos na gestação e podem trazer riscos à saúde da mãe principalmente, pois apresentam quadros de vômitos intensos e não controláveis”, explica.

Com a piora do quadro e sem correções dos desvios metabólicos já instalados, corre-se o risco de que o comprometimento afete o sistema cardiovascular (arritmias) e o Sistema Nervoso Central (SNC)1.

Opções de alívio aos sintomas

Existem diversas opções medicamentosas para coibir os vômitos na gravidez. Porém, todos eles estão sujeitos a efeitos colaterais, assim como ocorre com qualquer medicamento. Daí a importância do auxílio médico para escolher a melhor solução para a paciente.

Herbarium conquista o Selo B

A Herbarium acaba de receber o Selo B, uma certificação internacional concedida pelo “B Lab”, organização norte-americana sem fins lucrativos responsável pela Certificação B e desenvolvimento da Avaliação de Impacto B, plataforma que atualmente é utilizada por mais de 70 mil empresas em mais de 60 países no mundo inteiro.

O Selo B visa reconhecer empresas compromissadas com modelos de negócios transparentes e que medem impactos sociais e ambientais. A certificação tem como objetivo chancelar empresas que antes de buscarem estar entre as melhores empresas do mundo, buscam ser as melhores para o mundo.

“A Herbarium conquistou o Selo após cumprir uma série de requisitos que reforçam o compromisso da empresa em manter um negócio saudável e sustentável em âmbitos, como governança, trabalhadores, clientes, comunidade e meio ambiente. Para nós, a certificação é uma forma de oficializar nosso compromisso de cuidado com o bem-estar do colaborador, da comunidade e com o meio ambiente, valores que já fazem parte do dia a dia da companhia desde a sua concepção”, esclarece o presidente da Herbarium, Marcelo Geraldi.

Em 2019, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a ondansetrona, recomendando não utilizar este medicamento durante o primeiro trimestre de gravidez. Aliás, essa determinação, agora, deve fazer parte da bula desse fármaco.

Apesar disso, boa parte das fórmulas disponíveis traz segurança para a gestante. “Os medicamentos disponíveis na maioria são seguros e não causam malformação fetal. Como efeito colateral mais comum está a sonolência”, explica o médico no Núcleo de Mama e Pelve da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. José Carlos Sadalla.

Uma alternativa que tem sido indicada por médicos para enjoo na gravidez são os medicamentos fitoterápicos, feitos exclusivamente de matéria-prima vegetal. Assim como as demais categorias de medicamentos, eles são registrados junto à Anvisa e, portanto, cumprem todos os regulamentos técnicos da categoria. A segurança e eficácia são baseadas em evidências clínicas ou em dados de uso seguro e efetivo.

O gengibre (Zingiber officinale Roscoe), por exemplo, é um aliado ao manejo da náusea e êmese1. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), ele possui ação antiemética, podendo auxiliar as gestantes com náuseas matinais e episódios esporádicos de vômitos.

“Fitoterápicos podem ser utilizados, especialmente o gengibre, pois possuem boa eficácia, além de serem seguros para a gestante e o bebê”, constata o Dr. Sadalla, ponderando, apenas, que nunca se deve usar medicação na gravidez sem contatar um médico.

Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock