A busca por tratamentos naturais, com potencial menos agressivo, com menos efeitos colaterais, porém de eficácia comprovada, tem levado muitos pacientes a adotarem os medicamentos fitoterápicos como opção para o tratamento de diversas patologias, especialmente para diagnósticos de ansiedade e problemas relacionados às vias respiratórias.
Por definição, os fitoterápicos são medicamentos desenvolvidos a partir de plantas medicinais, sem a utilização de substâncias ativas isoladas. Segundo a coordenadora de marketing institucional da Herbarium, Natana Martins, esses medicamentos possuem eficácia, segurança e padrão de qualidade baseados em testes clínicos padronizados. Inclusive, são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assim como os demais medicamentos. “A comprovação da segurança e eficácia desses medicamentos também pode ser feita por meio de estudos clínicos”, comenta Natana.
Vale dizer que os fitoterápicos são medicamentos industrializados, porém são obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais. Segundo o clínico-geral e vice-presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT) e coautor do livro Fitoterapia Contemporânea, Dr. Antonio Carlos Seixlack, há ainda uma outra categoria, a do produto tradicional fitoterápico, também obtida com o emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, mas cuja segurança e efetividade são baseadas apenas em dados de uso seguro e efetivo
publicados na literatura técnico-científica.
“Neste caso, não há necessidade da vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de monitorização”, diz o Dr. Seixlack. Ele esclarece que tanto os medicamentos quanto os produtos tradicionais fitoterápicos podem ter na composição substâncias ativas isoladas, mesmo que de outros vegetais ou de outras origens como a animal.
APRESENTAÇÕES DISPONÍVEIS
Assim como os medicamentos alopáticos, por exemplo, os fitoterápicos podem ser encontrados em cápsulas, comprimidos, géis, cremes, pomadas, soluções oral e xaropes. Aliás, segundo Natana, os fitoterápicos também são alopáticos, porém a diferença é que eles não são sintéticos. Em relação aos tratamentos, os fitoterápicos podem atuar em enfermidades leves e até mesmo em patologias crônicas, como obesidade e dislipidemias.
“Ainda existe uma série de doenças que não tem opções de fitoterápicos para tratamento. Porém, são incontáveis aquelas que já têm os fitos como opção. Entre os mais buscados destacam-se: fitoterápicos para tratamentos de tosse e/ou infecção de vias aéreas superiores (exemplo: rinite e bronquite); para ansiedade; irritabilidade; e insônia; para má digestão; além de alguns mais específicos, como: fitoterápicos para sintomas pré-menstruais e climatério e para regulação da testosterona”, comenta Natana.
Vale apenas uma ressalva: os medicamentos fitoterápicos podem provocar efeitos colaterais se forem usados da forma incorreta. “Porém, comparados aos medicamentos sintéticos, os efeitos descritos na literatura ainda são menores”, comenta a nutricionista e presidente executiva da ABFIT, Maria Angélica Fiut. Segundo ela, os fitoterápicos, por terem efetividade clínica, também podem interagir com medicamentos sintéticos, podendo provocar interações medicamentosas.
Fonte: Guia da Farmácia
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