Indicação importante

Produtos à base de plantas têm sido cada vez mais empregados nos tratamentos contra dores

Reumatismos, inflamações, lesões, traumas, enxaqueca, artrose, artrite estão entre as principais causas de dores. São encaradas pelo organismo como uma reação a uma agressão sofrida, seja ela por fator externo, uma contusão, por exemplo, seja proveniente de uma doença. Há dores, como alguns tipos de cefaleia e de mialgia, que muitas pessoas nem sequer procuram tratamento médico, encarando como um mal passageiro e que não exige cuidados especiais. Nesses casos, é comum se valerem, por conta própria, de analgésicos e anti-inflamatórios convencionais. Contudo, a maioria desses medicamentos possui uma série de efeitos colaterais que podem causar danos à saúde quando usados por um período de tempo prolongado.

Boa parte das pessoas em todo o planeta sofre com dores, o que, além do sofrimento individual, causa baixa do rendimento profissional. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), perto de 40% da população mundial sofre de alguma dor crônica, que está relacionada também com as principais causas das faltas ao trabalho. As lombalgias estão entre as principais, provocando incapacidade para as atividades diárias. Na sequência, vêm as cefaleias, sendo a enxaqueca a principal delas; as dores ósseas; e aquelas que representam sintomas de outras doenças. “No dia a dia, as cefaleias, dores de trauma e da coluna e cólicas menstruais e intestinais estão entre as dores mais comuns que acometem as pessoas”, revela o presidente do Conselho da Associação Brasileira de Fitoterapia e médico chefe do serviço de dor do Hospital do Andaraí (RJ), Dr. Alexandros Botsaris.

Fitoterápico contra o problema

Procedimentos convencionais, com medicamentos alopáticos, se somam a alternativas de tratamentos, que envolvem o uso de fitoterápicos, homeopatia, acupuntura, meditação, termalismo e ioga. “O medicamento fitoterápico pode ser indicado por suas ações anti-inflamatórias e analgésicas, relaxantes do sistema nervoso e ansiolíticas, em diversos tipos de dores”, revela o diretor técnico do Centro de Referência em Medicina Integrativa, antigo Hospital de Medicina Alternativa, Daniel Maciel Carneiro, destacando outra característica. “O tratamento fitoterápico pode ser uma boa opção para pacientes que tenham contra-indicações ou reações colaterais com o uso de anti-inflamatórios convencionais.” O Dr. Botsaris aponta outra vantagem. “Fitoterápicos não causam gastrite e podem ser usados por períodos prolongados, ao contrário dos medicamentos convencionais.”

Há alguns medicamentos com grande potência para dor, como os opióides, que foram desenvolvidos a partir de plantas medicinais. Vale lembrar que vários medicamentos alopáticos para dor vieram de plantas medicinais, como a aspirina, retirada da casca do salgueiro branco; e os alcalóides, do esporão do centeio, com emprego no tratamento de cefaléia. “No entanto, no geral, os medicamentos fitoterápicos têm uma atividade mais preventiva do que paliativa da dor”, comenta o Dr. Botsaris. Existem, segundo ele, plantas que têm excelente atividade preventiva da enxaqueca, por exemplo, como o Tanacetum vulgare. No caso de dores de cabeça, as plantas que possuem cafeína como Coffea arabica e a Paullinia cupana (guaraná) também são eficientes. Já quando se trata de cólicas há os fitoterápicos antiespasmódicos, como a Matricaria recutia (camomila) e Foeniculum vulgare (erva-doce). Outros compostos fitoterápicos utilizados para dor disponíveis no mercado incluem a Uncaria tomentosa, Capsicum annum, Allium sativum, Boswellia serrata, Calendula officinalis, Harpagophytum procumbens, Symphytum officinale, Garcinia mangostana, Tanacetum parthenium, Salix alba e Zingiber officinalis.

Tratamento específico

Já em caso de reumatismo, o Dr. Botsaris destaca o uso de plantas como a Cordia verbenacea ou erva- -baleeira, como é conhecida. O extrato dessa planta, inclusive, resultou em um anti-inflamatório de uso tópico, o primeiro desenvolvido para ela, feito pela Universidade de Campinas (Unicamp), indicado para o tratamento de tendinite crônica e dores musculares. Outra planta, a Curcuma longa, é o princípio ativo de um fitomedicamento inovador, lançado pelo Aché, voltado para o tratamento da osteoartrite. Segundo a empresa, esse medicamento possui ação anti-inflamatória e antioxidante de longo prazo. O extrato seco obtido da Curcuma longa, cujo principal marcador é a curcumina, agente característico da raiz do açafrão-da-terra, contém um conjunto de substâncias (chamados curcuminoides) que inibem a dor e a inflamação. Segundo a empresa, esse é o primeiro medicamento fitoterápico do País que utiliza o extrato especializado, padronizado e concentrado da Curcuma em sua formulação, o que garante eficácia no combate à inflamação, com poucas reações adversas. O lançamento foi desenvolvido em parceria com o laboratório italiano Indena, um dos mais modernos em pesquisa científica com fitomedicamentos do mundo. A osteoartrite é uma das doenças mais comuns da terceira idade. Estimativas da OMS apontam que 70% das pessoas entre 55 e 77 anos sofram com osteoartrite, cuja causa principal é a redução da cartilagem que protege as articulações. De acordo com o Aché, as projeções sobre o envelhecimento da população brasileira mostram que as próximas gerações médicas devem atender três vezes mais casos de osteoartrite do que de lesões esportivas, que atualmente predominam nos consultórios dos especialistas. 

Parâmetros da fórmula

“Fitomedicamento é elaborado por meio de um complexo processo químico que visa concentrar os princípios ativos da planta em um extrato padronizado, o qual apresente um marcador químico que possa ser identificado de forma regular. A padronização química (ou estandardização) garante o teor de princípios ativos para obtenção de uma atividade farmacológica”, sublinha o diretor de Marketing e Geração de Demanda do Aché, Marcelo Neri. “Tal padronização do extrato requer tecnologia analítica de ponta. O processo deve garantir que, em cada comprimido ou cápsula, contenha o mesmo perfil químico e o mesmo teor de princípios ativos. Dessa forma, pode-se garantir que o fitomedicamento obedece a três critérios que caracterizam um medicamento sintético: eficácia, qualidade e segurança, essenciais para a obtenção do registro no órgão regulador”, completa, lembrando que o Aché trabalha com conceito de fitomedicamentos cuja eficácia terapêutica foi comprovada por meio de estudos clínicos. 

Fito 2016

Especial Fito 2016

Essa matéria faz parte do Especial Fito 2016.

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