O que os fitoterápicos podem tratar?

Produzidos seguindo as Boas Práticas de Fabricação atuais e submetidos aos registros e ao controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, esses medicamentos podem ser usados no tratamento de uma série de doenças

Os medicamentos fitoterápicos, que, hoje, contam com diversas indicações terapêuticas e eficácia reconhecida, têm atraído médicos e usuários para inúmeros tratamentos. Acompanhe alguns deles a seguir.

Estresse e ansiedade

Taxas de incidência

Globalmente, os brasileiros ocupam o segundo lugar em relação às pessoas com alto nível de estresse, segundo pesquisa do International Stress Management Association (Isma – Brasil). O País ficou atrás apenas do Japão.

Ainda de acordo com o relatório do Isma, 70% dos brasileiros sofrem com estresse e, nesta fatia, 30% desenvolvem a Síndrome de Burnout, que está relacionada aos altos níveis de estresse relacionado ao trabalho.

O Brasil também é campeão mundial no índice de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população manifesta o quadro.

Grupos de risco

O sexo feminino é o mais acometido pela ansiedade. De acordo com a OMS, 7,7% das mulheres são ansiosas e 5,1% são depressivas. Quando se trata dos homens, a porcentagem cai para 3,6% em ambos os casos.
Em relação ao estresse, pessoas envolvidas com o ambiente de trabalho costumam ser as mais acometidas pelo problema, segundo o Isma. Geralmente, as maiores reclamações estão relacionadas a longas jornadas e sobrecarga de tarefas, por exemplo.

Sintomas característicos

Os sinais mais marcantes do estresse são sensação de desgaste constante; alteração de sono; tensão muscular; formigamento (na face ou nas mãos, por exemplo); problemas de pele; hipertensão; mudança de apetite; alterações de humor; perda de interesse pelas coisas; problemas de atenção, concentração e memória; ansiedade e depressão1.
Já a ansiedade é caracterizada por preocupações, tensões ou medos exagerados; sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer; preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho; medo extremo de algum objeto ou situação em particular; medo exagerado de ser humilhado publicamente; falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade; e pavor depois de uma situação muito difícil.

Evolução das doenças

Diante de tantas alterações físicas e emocionais que o estresse pode causar, algumas doenças acabam sendo desenvolvidas, como problemas cardíacos e de hipertensão; asma; enxaqueca; problemas na pele, vitiligo e psoríase; alergias; úlcera, derrame e infarto; infecções; herpes; e crises de pânico3.
Já a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser motivo de preocupação quando o acometido apresenta sintomas de mais de um tipo de transtorno ao mesmo tempo (como Transtorno Obsessivo-Compulsivo ou Síndrome do Pânico, por exemplo) ou passa a ter depressão.

Fitoterápicos indicados

Passiflora incarnata

Tem ação relaxante do Sistema Nervoso Central (SNC) ocasionada pelos flavonoides da planta. A resposta de ação é rápida, com efeito entre 45 minutos a uma hora do uso. A passiflora não deve ser usada em combinação com outros calmantes, ansiolíticos ou depressores do SNC, como os antiepilépticos barbitúricos, nem com anticoagulantes.

Fontes: 1. Hospital Israelita Albert Einstein; 2. Biblioteca Virtual em Saúde [Ministério da Saúde (MS)];
3. Portal Zenklub; 4. Hapvida; 5. Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues

Insônia

Taxas de incidência

Na América Latina, as pessoas estão conscientes do impacto do sono sobre sua saúde e bem-estar geral, no entanto, a maioria delas dorme menos do que a quantidade recomendada, e sem obedecer a um horário fixo para ir para a cama.

Essas constatações foram reveladas no estudo “Dormir bem, bom para a saúde: um olhar global sobre a nossa persistente falta de sono”, da Royal Philips, divulgado em 2018. No levantamento, o sono é mencionado como um hábito que afeta enormemente a saúde geral e o bem-estar no Brasil (68%).

Grupos de risco

Alguns grupos têm maior propensão para a insônia: pessoas do sexo feminino, principalmente por causa de mudanças hormonais durante o ciclo menstrual, menopausa e gravidez; pessoas acima dos 60 anos de idade, devido principalmente às alterações nos padrões de sono e a problemas de saúde; distúrbio de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e o transtorno de estresse pós-traumático; estresse; dor crônica, dificuldade para respirar ou necessidade frequente de urinar; condições pontuais, como trabalhar à noite, viajar a trabalho ou diferenças de fuso horário; maus hábitos, como dormir e acordar em horários diferentes todos os dias, dormir em ambientes inapropriados e desconfortáveis, em frente à TV ou com a luz acesa; uso de medicamentos; ingestão de café, chá, refrigerantes à base de cola e outras bebidas que contenham cafeína; e alimentação exagerada demais antes de dormir.

Sintomas característicos

Os principais sinais de insônia podem incluir dificuldade para adormecer à noite; despertar durante a noite ou muito cedo; não se sentir descansado após uma noite de sono; cansaço ou sonolência diurna; irritabilidade, depressão ou ansiedade; dificuldade para prestar atenção, concentrar-se em tarefas ou se lembrar de coisas importantes; dores de cabeça localizadas; e problemas gastrointestinais.

Evolução da doença

Sofrer de insônia pode ocasionar uma série de complicações, como ter menor desempenho no trabalho ou nos estudos; tempo de reação e reflexo mais lento, acompanhado de maior risco de acidentes; problemas psiquiátricos, como depressão ou transtorno de ansiedade; excesso de peso ou obesidade; irritabilidade; aumento do risco de adquirir doenças de longo prazo (hipertensão, doenças cardíacas e diabetes); e abuso de substâncias, como cigarro, álcool, cafeína e outras drogas.

Fitoterápicos indicados

Valeriana officinalis

Sedativo moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade por mediação das vias de neurotransmissão do GABA, pela ação dos ácidos valerênicos e valpotriatos.
Observa-se resposta já no primeiro uso, pico de concentração sanguínea em uma a duas horas após o uso, ação já percebida em 30 minutos a uma hora de ingestão. Desaconselha-se a combinação com barbitúricos, anestésicos, benzodiazepínicos e outros fármacos depressores do Sistema Nervoso Central (SNC)2.

Fontes: 1. Portal do Instituto de Psiquiatria Avançada e Neuromodulação (IPAN);
2. Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues

Azia e má digestão

Taxas de incidência

Pelo menos 7% de todas as visitas ao médico em ambulatório estão relacionadas a eventos de dispepsia (má digestão ou indigestão)1. Estima-se que exista uma incidência de, aproximadamente, 10% da população brasileira adulta, para a dispepsia funcional (aquela em que não há doença pré-existente).
Entretanto, estudos internacionais mostram que esse número atinge até 30%. Cerca de 70% da população terá um evento de dispepsia ou má digestão no intervalo de um ano.
Dados de pesquisas internas realizadas pela GSK também apontam que, aproximadamente, 38 milhões de pessoas sofrem de azia, totalizando, 24,4% da população ABCDE com mais de 18 anos de idade1.

Grupos de risco

Idosos, obesos e gestantes estão mais propensos a ter azia e má digestão, pois este grupo de pessoas apresenta uma digestão mais lenta. Sabe-se, ainda, que as mulheres são mais acometidas do que os homens e que fumantes, adultos entre 40 e 50 anos de idade e pessoas que fazem uso de alguns anti-inflamatórios também estão propensos a esses problemas.

Sintomas característicos

A azia, geralmente causada pelo refluxo do conteúdo ácido presente no estômago para o esôfago, leva à sensação de queimação na região abaixo do peito. Já a má digestão compila sintomas de náuseas, distensão abdominal, cólicas, sensação de estômago cheio e regurgitação alimentar.

Evolução das doenças

O refluxo ocasionado pela azia ou má digestão pode gerar sintomas mais incômodos e outras complicações mais sérias. Essa condição mais grave é conhecida como Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), que pode demandar um tratamento contínuo, inclusive para alívio dos sintomas e das complicações.
A azia, quando não tratada, pode provocar dor torácica não cardíaca, tosse noturna crônica e dor de garganta, o que acaba afetando a qualidade de vida do paciente. Da mesma forma, a má digestão diminui o bem-estar por conta da dor crônica.

Fitoterápicos indicados

Maytenus ilicifolia

Indicada para o tratamento de sintomas de má digestão relacionados à azia e queimação e como coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera gastroduodenal.
Começa agir logo após o uso. Vários compostos participam do efeito protetor da mucosa gástrica. A administração concomitante de M. ilicifolia com bebidas alcoólicas e outros medicamentos não é recomendada, pois não existem estudos disponíveis sobre as interações medicamentosas deste fitoterápico.

Cynara scolimmus

Facilita a digestão e alivia o desconforto abdominal. Gases e náuseas resultantes de deficiência na produção e eliminação da bile ou da dificuldade de digerir comidas pesadas e gordurosas; seus principais componentes ativos são ácido cafeico, ácido clorogênico e cinarina.

Pode reduzir a eficácia de anticoagulantes, como Ácido Acetilsalicílico (AAS) e varfarina. O uso concomitante desse medicamento com diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatias deve ser realizado sob estrita supervisão médica.

Peumus boldus

O boldo apresenta atividades colerética e antiespasmódica associada ao alcaloide boldina, presente no extrato. Indicado para o tratamento de distúrbios digestivos leves, na redução de espasmos intestinais e tratamento de distúrbios hepatobiliares, atua como estimulante digestivo, auxiliando a digerir os alimentos gordurosos.

Fontes: 1. Revista Guia da Farmácia, edição julho 2018; 2. Portal Guia da Farmácia; 3. Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues

Pernas cansadas ou Insuficiência Venosa Crônica (IVC)

Taxas de incidência

Estudos internacionais apontam que entre 20% a 33% das mulheres e de 10% a 20% dos homens vão apresentar algum grau da Insuficiência Venosa Crônica (IVC) ao longo da vida1.

Grupos de risco

A principal origem da IVC é hereditária. Nesse sentido, quando se tem parentes próximos, como pais e avós com varizes, há um risco maior de se apresentar o problema.

Entre 70% e 80% das pessoas que têm histórico familiar acabam apresentando o mesmo quadro. As mulheres também costumam ser mais acometidas, em especial por questões hormonais. A alta concentração de progesterona e estrógeno na mulher favorece o aparecimento de veias doentes. Esses hormônios também estão presentes nos anticoncepcionais orais, aumentando o risco de aparecimento de varizes.

A gravidez também torna o público feminino mais suscetível. Afinal, a cada gestação, as mulheres passam por alterações hormonais e o retorno do sangue das pernas é prejudicado, seja pelo aumento de peso inerente à gestação, seja pelo aumento uterino. A obesidade e sedentarismo também são comuns entre os acometidos.

Sintomas característicos

A doença pode trazer sinais mais comumente sentidos na panturrilha e que tendem a aumentar no fim do dia e durante os dias mais quentes. Entre eles: sensação de peso nas pernas, especialmente no fim do dia; inchaço, principalmente ao redor da panturrilha e dos tornozelos; formigamento ou dormência; cãibras musculares; e coceira e irritação.

Evolução da doença

Por ser uma doença crônica e evolutiva, entre 3% e 11% das pessoas com varizes podem chegar a estágios mais avançados da doença, provocando alterações irreversíveis na pele da região afetada. Assim, é fundamental procurar um médico para o diagnóstico precoce, já que a falta de tratamento pode levar ao escurecimento, descamação e ressecamento da pele, geralmente acompanhados de piora dos sintomas, como dor, queimação e inchaço. Em quadros mais graves, o paciente pode apresentar feridas locais ou ter a trombose como consequência.

Fitoterápicos indicados

Aesculus hypocastanum

Proporciona alívio dos sintomas característicos da insuficiência venosa e varizes, como a sensação de dor e de peso nas pernas, edema, câimbras e coceira.

As sementes de Aesculus hippocastanum (Castanha-da-índia) contêm aproximadamente de 3% a 10% de escina, uma mistura de 30 saponinas triterpênicas, às quais são atribuídas atividades antiedematogênica, anti-inflamatória e venotônica da espécie.

A escina é rapidamente absorvida após administração oral, apresenta meia-vida de absorção de aproximadamente uma hora e os efeitos são expressivos em tratamentos de pelo menos quatro a seis semanas.

Esse medicamento não deve ser administrado juntamente com anticoagulantes orais, pois pode potencializar o efeito anticoagulante. Entre 86% e 94% de escina ligam-se às proteínas plasmáticas, podendo interferir com a distribuição de outras drogas.

Fontes: 1. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); 2. Presidente do departamento científico de angiologia e cirurgia vascular periférica da Associação Paulista de Medicina (APM), Dr. Marcelo Rodrigo de Souza Moraes; 3. Cirurgiã vascular, angiologista e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dra. Aline Lamaita;
4. Portal do Cedraflon; 5. Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues
5. Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Natulab, Olavo Rodrigues

Baixa imunidade

Grupos de risco

Pessoas com baixa imunidade têm maior probabilidade de ficarem doentes a partir de microrganismos presentes nos alimentos – gestantes, crianças, recém-operados e idosos fazem parte do grupo com mais risco1.

Sintomas característicos

Os sinais de imunidade baixa são infecções, febre e calafrios; cansaço excessivo; diarreia, náuseas e vômitos2.

Evolução da doença

A baixa imunidade do corpo causa doenças frequentes. Se o indivíduo sente sintomas de resfriado, gripe, etc., com certa frequência, isto quer dizer que o corpo não está produzindo organismos defensores dessas doenças.

Fitoterápicos indicados

Echinacea purpurea

O extrato de E. purpurea atua como imunomodulador por meio de vários mecanismos, confirmados por estudos científicos: ativação da fagocitose, estímulo dos fibroblastos e aumento da mobilidade dos leucócitos.
Foram também relatadas inibição da atividade da hialuronidase, estimulação do córtex adrenal onde são produzidos os glicocorticoides (como a corticosterona e a hidrocortisona), entre outros benefícios3.

Fontes: 1. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO); 2. Portal Unimed Fortaleza; 3. Memento Fitoterápico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Tosse

Taxas de incidência

A tosse pode ter diversas causas, mas quando tem origem no trato respiratório, ela costuma ocorrer por quadros de rinite alérgica sazonal ou perene, rinite vasomotora, rinite pós-viral, sinusites, rinite medicamentosa e rinites secundárias a agentes irritativos do ambiente.

Dentro do espectro das doenças que cursam com gotejamento pós-nasal, as sinusites representam aproximadamente 30% das causas de tosse não produtiva e 60% das produtivas.

Grupos de risco

Fumantes, pessoas expostas a poluição e alérgicos formam alguns dos grupos que estão mais suscetíveis a doenças do trato respiratório que têm a tosse como um dos sintomas.
Além desse grupo, crianças, idosos e pacientes de doenças crônicas, como bronquite, asma, rinite e sinusite, e imunodeprimidos também são bastante afetados.

Sintomas característicos

Cada doença do trato respiratório tem sintomas específicos, que só o médico pode avaliar. Contudo, nesses casos, a tosse pode ser acompanhada por rouquidão, nariz entupido, dores no peito, dores de garganta, garganta irritada, corrimento nasal, dificuldade em respirar quando não se está realizando esforço (subir escadas, andar, fazer exercício), dispneia, entre outros.

Evolução da doença

A ocorrência de inflamações e infecções das vias aéreas, tanto superiores quanto inferiores, são muito mais frequente nas estações mais frias do ano. Desse modo, quadros de resfriado ou de gripe – ambas infecções virais – e complicações infecciosas bacterianas oriundas destes dois problemas, como rinite, sinusite, faringite, laringite, bronquite e pneumonias, também se tornam bem mais comuns4.

Fitoterápicos indicados

Mikania glomerata

É indicado para o tratamento de doenças do trato respiratório, promovendo o relaxamento da musculatura lisa dos brônquios, auxiliando na eliminação das secreções brônquicas e no combate à tosse.

Contém substâncias expectorantes e broncodilatadoras, como a cumarina. Produção de ação rápida. Produtos contendo guaco não devem ser empregados concomitantemente com anticoagulantes, pois as cumarinas podem potencializar seus efeitos e antagonizar o efeito coagulante da vitamina K5.

Hedera helix

Tratamento da tosse, especialmente quando acompanhada de hipersecreção de muco viscoso nas vias respiratórias. Indicado também para tratamento sintomático de doenças inflamatórias crônicas, como bronquite, asma brônquica e enfisema.

Possui ação expectorante e espasmolítica, levando à diminuição da tosse e da hipersecreção de muco pelas vias aéreas. O complexo fitoterápico do extrato de Hedera helix inclui os glicosídeos de hederagenina, sendo o principal constituinte o hederacosídeo C.

A administração dessa substância de forma concomitante com antibióticos, antipiréticos, anti-inflamatórios não esteroidais e antialérgicos pode levar a um aumento de reações adversas.

Fontes: 1. Artigo Tosse Crônica na Rotina Otorrinolaringológica, do Centro de Otorrinolaringologia do Pará; 2. Portal São Francisco; 3. Portal Unimed Vitória; 4. Portal do Hospital do Coração (HCor); 5. Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues

Infecção urinária

Grupos de risco

Na vida adulta, a incidência de infecção urinária se eleva e o predomínio no sexo feminino se mantém, com picos de maior acometimento no início ou relacionado à atividade sexual, durante a gestação ou na menopausa, de forma que 48% das mulheres apresentam pelo menos um episódio de infecção urinária ao longo da vida. Na mulher, a susceptibilidade à infecção urinária se deve à uretra mais curta e à maior proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra.

Sintomas característicos

Os principais sintomas da infecção urinária são ardência e dor ao urinar, dor na região mais baixa do abdome, aumento do ritmo para urinar, sangue e odor fétido na urina2.

Evolução da doença

Se as bactérias causadoras da infecção urinária não alcançarem os rins, o problema, conhecido como cistite, fica apenas concentrado na bexiga. Mas se seguirem para os rins, a infecção, nomeada de pielonefrite, se torna mais grave. Nesse estágio, é comum vir acompanhada por febre alta (acima de 37,8°C), calafrios e dor na região lombar.

Fitoterápicos indicados

Arctostaphylos uvae ursi (Uva-Ursi)

Para a cistite aguda e não complicada, a bacteriúria assintomática e terapia adjuvante durante uma cateterização transuretral, particularmente de longa duração, são as principais indicações para a utilização de fitoterápicos.

Nesse caso, a Arctostaphylos uvae ursi destaca-se como representante de maior eficácia entre as plantas antissépticas de vias urinárias. Ensaios apontam que o uso dessa substância é capaz de inibir o crescimento de até cinco espécies de bactérias e uma levedura (Candida albicans).

Fontes: 1. Portal do Hospital Sírio Libanês; 2. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; 3. Blog da Saúde, do Ministério da Saúde (MS); 4. Livro Manual de Fitoterapia, de Volker Fintelmann e Rudolf Fritz Weiss, da Editora Guanabara

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