Prontos para o consumo

São diversas as fórmulas dirigidas ao emagrecimento e controle do peso capazes de substituir refeições 

Cultivar um corpo exuberante é um desejo de boa parte dos brasileiros, porém, nem sempre esta meta é tão simples de se alcançar. “Por vezes, falta tempo para a prática de atividades esportivas e também para uma boa nutrição”, comenta o gerente de produto do Grupo Cimed, Diego Amorim.

E na busca incessante por resultados milagrosos, são muitos os consumidores que caem em armadilhas e adquirem shakes ou outras fórmulas que prometem ser substitutas de refeições, mas que, na verdade, podem ser ‘vazias’ de nutrientes. 

“Muitas pessoas utilizam produtos que carregam claims de saudabilidade, mas que, em sua composição, apresentam insuficiência nutricional e, se consumidos de maneira errônea, podem acarretar em problemas graves”, alerta Amorim.

Assim, é importante alertar os consumidores que buscam por esses produtos a procurar por fórmulas aprovadas e reconhecidas no mercado e que devem ser indicadas por um médico ou nutricionista. 

“Atualmente, existem opções muito boas que utilizam proteínas hipoalergênicas, como arroz e ervilha, colágeno hidrolisado, fibras prebióticas, adoçantes e corantes naturais, mix de vitaminas e minerais. Tudo pensando em oferecer os melhores ingredientes e os mais naturais possíveis”, acrescenta a nutricionista pós-graduada em nutrição e clínica funcional pela VP Consultoria Nutricional, Erika Almeida Mesquita. 

Entenda a Composição

COLÁGENO: importantíssimo ingrediente que possui ação antienvelhecimento e age como fortificante de cabelos e unhas.

FIBRAS: colaboram com o aumento da sensação de saciedade e melhoram o funcionamento do intestino, podendo, ainda, auxiliar na diminuição da taxa de colesterol.

CARBOIDRATO:
considerado a principal fonte de energia do corpo, o carboidrato é extremamente importante na composição de shakes, uma vez que o principal conceito de consumo desta categoria é substituir parcialmente as refeições. Exerce um papel importante na geração de energia, nutrição das células e, assim, colabora diretamente para o desempenho de atividades físicas e motoras.

VITAMINAS E MINERAIS: para atender à legislação e ser classificado como um “substituto parcial de refeições”, é exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a presença de um mix completo de vitaminas e minerais.

CÁLCIO e MAGNÉSIO:
fortalecem os ossos e mantêm o bom funcionamento dos músculos, articulações e nervos.

COBRE, VITAMINA A, VITAMINA D, VITAMINA C, VITAMINA B6 e VITAMINA E: exercem um papel importante no combate à oxidação celular, atuam na melhoria da textura e luminosidade da pele, aumentam a hidratação e elasticidade, evitando a flacidez.

ÁCIDO PANTOTÊNICO, BIOTINA, VITAMINAS B2 e B12, e MANGANÊS: atuam juntos no fortalecimento dos fios capilares, lubrificando e protegendo as células do cabelo e combatendo a queda.

FERRO, SELÊNIO e ZINCO: agem no fortalecimento de unhas fracas e quebradiças.

VITAMINAS B1, B2,B, B6: auxiliam no metabolismo, diminuindo a retenção de gordura e, com isso, colaboram no processo de emagrecimento.

Como os substitutos de refeições funcionam?

A endocrinologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, Dra. Cristina Blankenburg, explica que, de forma geral, esses produtos são escolhidos de acordo com a sua composição calórica. “Se um determinado paciente precisa de uma refeição que tenha 300 calorias, então, busca-se um shake que possua exatamente essa quantidade”, esclarece, acrescentando que, além dos produtos para emagrecimento, também há os hipercalóricos, dirigidos ao ganho de peso. 

O Grupo Cimed, que atua na fabricação desses shakes, indica que podem haver duas maneiras de consumo: ou substituindo uma das principais refeições diárias; ou trocando lanches da manhã e/ou tarde, a fim de reduzir o apetite para as principais refeições e, assim, gerar um hábito mais saudável na ingestão de menos calorias.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica os substitutos de refeição como “alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida e adequada a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam destinados a propiciar redução, manutenção ou ganho de peso corporal”. 

Nessa classificação, a Agência exige um nível mínimo de calorias por porção, assim como proteínas, fibras, vitaminas e minerais que, juntos, proporcionam níveis energéticos e nutricionais suficientes para garantir a nutrição referente a uma refeição, inteira ou parcial. 

“Deve-se seguir a legislação para que consiga ser classificado como substituto parcial de refeições, que é a Portaria 30, de 13 de janeiro de 1998”, alerta Amorim. Os resultados com uso de substitutos de refeições variam entre os indivíduos, mas segundo ele, esses produtos devem ser usados por, no mínimo, um mês, para que os efeitos sejam notáveis.