Tratamento à risca

Num País em que cerca de 10% da população adulta é acometida pelo diabetes, o autocuidado se torna cada vez mais importante, fazendo com que a categoria ganhe destaque no ponto de venda

Foi-se o tempo em que os monitores de glicemia, também conhecidos por glicosímetros, precisavam ser carregados na tomada, com difícil transporte e uso. Hoje, os aparelhos de última geração são grandes aliados dos pacientes com diabetes, os ajudando no tratamento e acompanhamento da doença. 

O country manager da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott, Sandro Rodrigues, fornece um exemplo do que já está disponível para os consumidores. “O FreeStyle® Optium Neo traz inovações, como tela touchscreen, um software acessível e fácil de usar, cabo USB (Universal Serial Bus, na sigla em inglês), além de indicar a tendência glicêmica do paciente. Oferece, ainda, a facilidade de realização do teste de cetonemia (sinal de descompensação) num único dispositivo”, enumera. 

Os glicosímetros de última geração também são capazes de ajudar o consumidor com resultados mais consistentes. “O medidor OneTouch® Ultra 2® oferece a possibilidade do paciente inserir comentários sobre refeição realizada”, mostra a líder da Lifescan no Brasil, Deborah Hila, acrescentando que a segurança em relação aos resultados apresentados também é cada vez maior. “Tanto OneTouch® Ultra Mini® quanto OneTouch® Ultra 2® possuem a exclusiva tecnologia DOUBLE SURETM, em que o resultado exposto no medidor é checado duas vezes”, conta a líder da Lifescan no Brasil, Deborah Hila.

A dor provocada por alguns aparelhos na hora da medição também já é bastante reduzida. “O novo Accu-Chek® FastClix vem com o exclusivo sistema Clixmotion, em que a lanceta faz um movimento linear sem ocasionar vibrações, o que é muito importante, pois reduz a sensação de dor, uma das principais barreiras de adesão ao tratamento”, conta o gerente de produtos estabelecidos da Roche, André Saraiva.

A gerente de Produto da Diabetes Care da Bayer HealthCare, Carla Marchese, lembra, ainda, que o mercado de monitores de glicemia tem se direcionado para produtos já codificados. Assim, não se exige mais a troca de chips ou inserção de códigos a cada nova embalagem de tiras, garantindo mais eficácia nos resultados. “Estudos indicam que produtos que precisam de codificação podem apresentar risco de resultados incorretos em até 90% dos testes realizados”, alerta. 

Algumas indústrias também disponibilizam aplicativos que podem ajudar no diagnóstico e tratamento do paciente. “A Roche lançou, recentemente, o aplicativo para celular Accu-Chek® Connect, que gera relatórios sobre o controle glicêmico e permite que os resultados de glicemia sejam transferidos, automaticamente, para o aplicativo ou compartilhado on-line com o médico”, conta Saraiva.

Assim, a facilidade de uso, aliada com os benefícios do automonitoramento, faz com que a categoria apresente um crescimento contínuo nos últimos anos e se constitua como uma categoria importante na composição do faturamento das farmácias.

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Modelo de exposição


O primeiro passo é garantir que esses produtos estejam no autosserviço. O consumidor diabético quer ter facilidade, conhecer os vários modelos e escolher o que for melhor para ele.

A forma de exposição ideal da categoria se dá com criação de uma área especial dedicada ao paciente diabético, próxima aos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). 

Esse conceito foi implementado por OneTouch® em algumas farmácias no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Nessas lojas, existe uma gôndola especial em que cada prateleira possui produtos que se encaixam dentro dos quatro principais conceitos do tratamento do diabetes: Checar (níveis de glicemia), Controlar (com medicação), Consumir (alimentação) e Cuidar (do corpo e da mente com hábitos saudáveis). Os produtos da categoria devem ser organizados por marcas, iniciando a apresentação pelo monitor de glicemia, que “abre a família de produtos”, seguido pelas apresentações de tiras, de maior valor para as mais acessíveis. Por último, é importante que esteja a apresentação de lancetas. 

Deve-se, ainda, garantir uma boa visibilidade da categoria, com gôndolas claramente identificadas (cuidados com a saúde, por exemplo) e com a sinalização seguindo o padrão da loja (adesivos, cores, placas, etc.).

Outra estratégia para alavancar as vendas é expor os monitores próximos a outros itens que também fazem parte do dia a dia do paciente com diabetes. Os produtos podem ser combinados com vendas de agulhas para canetas de insulina, seringas para aplicação de insulina, álcool para assepsia ou alimentos diet. 

Não se pode esquecer de que muitos consumidores, além de diabéticos, também são hipertensos, e neste caso, pode-se trabalhar uma venda com monitores de pressão e produtos relacionados.

Caso a farmácia tenha receio de furtos, podem-se alocar os produtos no balcão, mas garantindo a visibilidade. 

Não se deve armazenar os monitores de glicemia com outros tipos de monitores e equipamentos eletrônicos.

Além dos monitores de glicemia, também é importante que as farmácias garantam, nas gôndolas, as tiras reagentes e as lancetas, acessórios indispensáveis para o funcionamento dos aparelhos.

Nas lojas de maior movimento, é importante ter, ao menos, cinco unidades de cada produto. Em lojas com menor movimento, uma unidade pode ser suficiente.

Fontes: Abbott, Bayer HealthCare, Lifescan e Roche Diagnóstica

Ações complementares

A melhor ferramenta para o bom desenvolvimento da categoria são a informação e o treinamento dos balconistas e farmacêuticos. “A pessoa com diabetes tem o maior tíquete médio de todas as doenças crônicas, mas o mais relevante para o bom atendimento deste perfil de consumidor é a prestação de serviço, com profissionais capacitados para responder às dúvidas sobre os equipamentos e medicamentos”, constata Saraiva. 

E as farmácias podem contar com a parceria da indústria nessas ações. “A Johnson & Johnson/OneTouch® realiza um importante trabalho nas principais farmácias do País, em que consultores em diabetes passam informações básicas sobre a patologia, a importância do automonitoramento, além de informações de como utilizar, adequadamente, os medidores de glicemia OneTouch®”, garante Deborah. 

Podem-se, ainda, criar eventos para medição de glicemia, tendo em vista que cerca de 50% dos diabéticos ainda não sabem que possuem a doença; bem como, desenvolver um espaço diferenciado para o público consumidor. 

“Existe uma tendência nas farmácias, não somente pautada pela categoria de diabetes, de desenvolver espaços reservados, dirigidos aos clientes crônicos, onde eles sentem-se à vontade para expor dúvidas. O uso dessa estratégia propicia um atendimento mais intimista e os pacientes se sentem mais confortáveis e seguros, o que reflete no aumento das vendas e na fidelização”, diz Saraiva, da Roche.

As 5 marcas mais vendidas 

1º. Accu-Chek® Active (Roche)

2º. Accu-Chek® Performa (Roche)

3º. OneTouch® Ultra® (Johnson & Johnson)

4º. ContourTM TS (Bayer Diabetes Care)

5º. FreeStyle Optium (Abbott)

Fonte: IMS Health. MAT. abril/15 (ano móvel acumulado de maio de 2015 a abril do ano anterior)

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