O Inmazeb, o medicamento contra a ebola desenvolvido pela empresa norte-americana Regeneron Pharmaceuticals, é um coquetel de anticorpos
A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, aprovou o primeiro tratamento para infecção pelo Zaire ebolavirus, um dos seis tipos de microrganismos conhecidos por causar o ebola.
O método foi desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Regeneron Pharmaceuticals e é um coquetel de anticorpos batizado de Inmazeb.
“Estamos extremamente orgulhosos que a FDA aprovou o Inmazeb, também conhecido como REGN-EB3”, afirmou o presidente e diretor científico da empresa, George D. Yancopoulo, em comunicado.
“Essa é a primeira vez que a FDA aprova um tratamento específico para o ebola, que causou uma série de surtos mortais.”
O Inmazeb contém anticorpos que se ligam diretamente ao ebolavírus do Zaire, bloqueando as glicoproteínas utilizadas pelo microrganismo para se fixar nas células humanas.
Como explica o fabricante, ao bloquear esse método de entrada, os anticorpos podem impedir que o vírus se espalhe e cause danos às células hospedeiras.
Medicamento contra o ebola
Em testes realizados com o medicamento, os cientistas observaram que ele tem efeitos colaterais notáveis, incluindo febre, calafrios, taquicardia (ritmo cardíaco acelerado), taquipneia (respiração rápida) e vômitos.
Contudo, também são sintomas do ebola e podem estar diretamente relacionados à infecção, e não ao medicamento.
Agora, a Regeneron espera fornecer o medicamento gratuitamente para a República Democrática do Congo, onde há um surto da doença.
Os EUA também encomendaram o Inmazeb como precaução para quaisquer potenciais emergências de saúde pública no futuro.
Estratégia usada em vacina contra o ebola pode ser aplicada para o novo coronavírus
Fonte: Galileu
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