A Eurofarma acaba de assinar um acordo de cooperação técnico-científica com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o objetivo de identificar novas moléculas para desenvolvimento de medicamentos.
A parceria da UFRJ se dá por meio do Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio), que é sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR) – rede de pesquisa que articula competências científicas da área, presentes em diferentes Universidades e Centros de Pesquisas do País.
O acordo entre a academia e a indústria farmacêutica tem por objetivo estabelecer parceria técnico-científica visando a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos inovadores, capacitação de recursos humanos, além de absorção e transferência de tecnologia. “Temos o início de uma parceria única no Brasil, onde toda a cadeia de inovação farmacêutica se beneficiará. Hoje, as universidades têm uma ideia, desenvolvem projetos e criam conhecimento, mas tudo isso acaba em uma renomada publicação científica. Neste modelo, a indústria farmacêutica poderá desenvolver novos medicamentos, que chegará aos pacientes. E as universidades envolvidas receberão recursos, advindos de todo o trabalho desenvolvido, que fomentará ainda mais conhecimento e novas descobertas”, explica o professor Eliezer Barreiro, coordenador Científico do LASSBio/ICB-UFRJ e do INCT-INOFAR.
Dor, leishmaniose, inflamação e depressão são os primeiros alvos escolhidos para esta parceria. “Nosso planejamento estratégico prevê que até 2030, 15% de todas as nossas vendas sejam revertidas para Pesquisa & Desenvolvimento. Em 2018, investimos R$ 250 milhões na pesquisa de fármacos e medicamentos e outros R$ 155 milhões estão sendo investidos no Centro Eurofarma de Inovação”, afirma a vice-presidente de Inovação, Martha Penna.
O acordo prevê, ainda, o acesso ao acervo de 2 mil moléculas, muitas com propriedades biológicas comprovadas, que constitui a Quimioteca do LASSBio. Além disso, a Eurofarma e o LASSBio desenvolverão, em conjunto, atividades vinculadas aos projetos científicos, nas áreas de síntese orgânica e farmacologia. “O jovem doutor envolvido nesses projetos científicos quer conquistar reconhecimento profissional pela molécula que ele ajudou a descobrir. Mas, para transformar em medicamento as pesquisas desenvolvidas no ambiente da universidade, é essencial a parceira com a indústria farmacêutica. Tenho certeza de que a partir do convênio com a Eurofarma, em breve, a população terá acesso a um novo fármaco que fale português”, finaliza Barreiro.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
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