A nicotina leva entre sete e 19 segundos para chegar ao cérebro. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores com o tempo.
Um dos tratamentos recomendados para diminuir a abstinência é a administração da própria nicotina por meio de adesivo transdérmico.
Ao contrário do cigarro, que promove um pico de alta concentração de nicotina no sangue e no cérebro, a nicotina presente no adesivo é liberada lentamente e se mantém estável ao longo do dia.
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (MS), o uso de adesivos de nicotina deve considerar:
- 1 mg de nicotina para cada cigarro fumado, não ultrapassando a dose de 42 mg/dia.
- Para quem fuma até cinco cigarros/dia: não é indicado o uso de adesivo, mas iniciar com goma ou pastilha.
- De seis a dez cigarros/dia: adesivo de 7 mg/dia.
- de 11 a 19 cigarros/dia: adesivo de 14 mg/dia.
- 20 ou mais cigarros/dia: adesivo de 21 mg/dia.
- Acima de 20 cigarros diários, é possível fazer o uso associado de adesivos.
- De 20 a 30 cigarros: adesivo de 21 mg e adesivo 7 mg/dia.
- De 30 a 40 cigarros combinar um adesivo de 21 mg com outro de 14 mg/dia.
- Acima de 40 cigarros: dois adesivos de 21 mg/dia.
Para iniciar o tratamento, é fundamental que o paciente entre em contato com o médico para iniciar o melhor protocolo para cada caso.
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